Dos
dois vai o Diabo e escolhe
I Capitulo
Minha
avó tinha dois ditos muito engraçados mas com alguma sabedoria:
“Santos ao pé da
porta não fazem milagres” e,
“Dos dois vai o
Diabo e escolhe”
Mesmo
com estas máximas, há situações que “Não se
deve guardar para amanhã o que podemos fazer hoje”. Foi o que aconteceu
naquela manhã.
Tomando
à letra esta último máxima, vou contar o que aconteceu naquele dia – inicio da
hora de verão -:
A
hora tinha mudado e nem dei por isso e assim que acordei, e somente com um robe
vestido pois por norma durmo todo nu, foi até ao computador com a ideia de
cuscar o que que passava no Mundo através da internet. Saiu tudo gorado. O software que utilizo tinha pifado e não
consegui ligar-me à net. Fiquei danado e depois de dar voltas e mais voltas não
consegui resolver o problema. – Certamente tenho de me deslocar a um técnico na
segunda-feira.
Fiquei
pior que estragado e contra os meus princípios, vesti umas calças um blusão e
sem desfazer a barba sai sem destino. Passei pelas bombas de gasolina, meti 10
Euros, comprei o jornal e dois maços de tabaco e lá fui sem destino marcado.
Com tudo isto já eram 3 horas (das novas).
Como estava sem pachorra para ouvir rádio, liguei uma das PenDisk que trago no
carro para estas ocasiões.
Quando
dei por mim, estava a arrumar o carro a porta do café “Ateliê do Café” no Magoito.
Em
sentido contrário vinham dois moços aí para os seus dezoito anos. Um sem
qualquer aparência de nota e outro com muito bom aspecto que cruzou
insistentemente o olhar com o meu. Tomando à letra a máxima da minha avó “Dos dois vai o Diabo e escolhe” e
parece que o Diabo estava mesmo ali e com aquele olhar reciproco ele escolheu o
mais bem-apessoado, mas com um tic
qualquer especial.
A
esplanada estava cheia, só havendo duas mesas vagas dirigindo-se a uma delas os
tais moços. Como levava já o jornal, apressei-me a colocar o dito e o maço de
tabaco na outra mesa ao lado e fui lá dentro pedir o café.
Quando
voltei com o café, lá estavam eles falando com o empregado – devem gostar de
ser servidos, pensei – Sentei-me e os nossos olhares voltaram a encontrar-se. O
colega nutou a nossa troca de olhares e disse-lhe qualquer coisa baixinho e
trocou de cadeira para ficar entre nós, mas o tal bem-apessoado pereceu-me não
gostar e afastou a cadeira de forma a ficar frente a mim e olhando-me novamente
encolheu os ombros como quem diz “O que é
que posso fazer?”.
Há
dias assim… Mas eu estava a meu ver, numa figura nada recomendável, com a barba
já com uma semana e mal vestido. E óbvio que não com os aspecto de um pedinte,
mas com a minha idade não estava com um aspecto de engate.
Por
causa do Sol estava de óculos escuros e assim fiquei não deixando transparecer
quaisquer sinais de aprovação perante tal moço mas de vez em quando os nossos
olhares trocavam-se.
Para
ler o jornal no seu todo já preciso de óculos de ver ao perto portanto só me
dediquei a ler as gordas, deixando os textos para mais tarde.
O
tempo foi passando mirando-nos mutuamente.
Estivemos
naquilo ai uma meia hora, até que o menos apessoado disse qualquer coisa ao
ouvido do outro e ambos se levantaram e se foram embora.
No espaço que dista a mesa onde estavam e a
saída da esplanada, por duas vezes o mais apessoado virou a cabeça olhando para
mim e novamente encolheu os ombros.
Fiquei
por ali pensando no que tinha acontecido. Pedi outro café, enrolei o jornal e
fumei mais um cigarro.
Os
meus neurónios já estavam fervendo de ideias e a imagem daquele moço não me
saia da cabeça até que de repente, atrás de mim ouvi uma voz dizendo – Dois
cafés de seguida não lhe fará mal? –
Olhei
de soslaio e fiquei petrificado. Era o tal moço apessoado mas sozinho.
-
Posso ler uma coisa ai no seu jornal? – Perguntou ele -.
-
Mas certamente que sim!... Porque não se senta? – Respondi -.
Algo
de estranho estava a acontecer. Não que não estivesse habituado a situações
destas mas derivado ao meu aspecto, um pouco desleixado, que achava muito mau, achei
estranho aquela abordagem. O tal moço sentou-se e apresentou-se.
-
Chamo-me Jorge, estou a passar o fim-de-semana em casa daquele meu amigo. Venho
cá às vezes e nunca o vi por aqui.
-
Moro por aqui mas raramente venho a esta café. Faço a minha vida fora aqui do
Magoito pois minha avó dizia que “Santos
ao pé da porta não fazem milagres”
-
Quer dizer que posso ser algum desses Santos?
-
Não sei, mas que alguma coisa nos atraiu isso é verdade!..
-
Não foi o carro nem a sua barba crescida, mas um filing qualquer que não deixei
de notar entre nós.
-
Efectivamente ouve qualquer coisa que nos atraiu embora a diferença de idades.
-
Mas tenho muito mais interesse em conviver com pessoas mais velhas. Os mais
novos ou da minha idade não me trazem nada de novo.
-
Então esse seu amigo com quem passa os fins-de-semana não lhe dá nada de novo?
-
Ele não é só um amigo mas meu primo com quem temos um relacionamento, mas é
muito chato e ciumento.
Estava
tudo dito. O tal primo devia ser o seu primeiro amor, mas não iam muito “às filhoses” como é hábito dizer-se.
Então não escondendo reconhecer os seus propósitos continuei com a conversa.
-
Quer dizer que vocês os dois têm uma história!..
-
Sim!... Temos uma história um pouco complicada.
-
E não me vai contar?
-
Não sei!... Devo estar a fazer um tremendo disparate com esta minha abordagem.
-
Disparate? Não sei porquê? No final de contas tivemos o mesmo filing e já somos
pessoas adultas para encarar as realidades. Você simpatizou comigo e eu
consigo. Podemos falar de tudo e de todas as coisas, tal como as nossas
preferências.
-
Está a falar de quê? Filmes, futebol, livros ou outros entretenimentos?
Saltou-me
a tampa e porque já não tenho muita pachorra para aturar meninos indecisos,
respondi à letra:
-
Talvez de entretenimentos se chamarmos de sexo um entretenimento.
O
rapaz não esperando esta minha resposta, mexeu-se na cadeira e comentou:
-
Mas é assim tão óbvio?
-
Não disseste – já o começava a tratar por tu – que gostavas de conviver com
pessoas mais velhas? A idade tem destas coisas. Embora não tenhamos nada na
testa como tu que identifique os nossos gostos, sabemos o que queremos e onde
procurar.
-
E achas que encontrei?
-
Não!... Não encontraste!.. Encontrámos!.. Embora seja um pouco estranho para
mim derivado ao aspecto que tenho hoje. Mas normalmente quando menos espero
encontro sempre a pessoa indicada para um bom relacionamento e hoje foi um dia
desses.
-
Mas não estás assim com tão mau aspecto. Só não desfizeste a barba mas agora
também se usa, embora não goste muito de pêlos.
-
O teu primo não tem pêlos?
-
Se não te importares não falamos dele. É uma história muito complicada.
-
Se não queres contar, não contes. Vamos ter oportunidade de o contares.
-
Achas? Enão o que te fês vir até aqui hoje? Como já disse ainda não te tinha
visto por cá.
-
Hoje foi uma história chata para mim. Quando me levantei fui para o computador
para cuscar as notícias e não consegui ligar-me à Internet. Dava um erro 720,
liguei para o assistente do servidor e disseram que o problema era do PC. Dei
voltas e mais voltas e não consegui resolver o problema então danado vim para a
rua tal como estava. Como estava não foi bem assim, porque estava nu e só com
um robe vestido.
-
Então andas nu em casa? E o resto da família?
-
Não tenho família. Vivo só. Vim para esta casa Há seis anos para estar
sossegado e fora do bulício da cidade e dos andares que parecem gaiolas, para
ouvir as minha músicas e escrever sossegadamente.
-
Quer dizer que és escritor, ou musico.
-
Praticamente, sou as duas coisas. Escrevo umas coisas e quanto à música é outra
história.
-
E uma grande experiência de vida, está-se mesmo a ver. Menos de computadores.
-
É verdade. O computador para mim veio substituir a máquina de escrever e os
jornais.
-
Estás com sorte pois eu não escrevo mas percebo de computadores e se quiseres
posso dar-te uma ajuda.
-
Epá isso era o ideal!.. Como vamos fazer?
-
É fácil, como tens carro podemos fazer assim. Vou a casa dizer ao meu primo que
tenho de ir para Lisboa hoje. Esperas por mim, vamos a tua casa, resolvemos o
problema do computador e depois levas-me a Lisboa.
-
E o teu primo não desconfia?
-
O gajo come tudo o que lhe digo.
-
Então está bem. Espero no carro…
Assim
foi. Fui pagar a despesa e meti-me no carro com a sensação que tinha sido uma
grande golpada ou o início de uma nova amizade. O Jorge não demorou muito. Do
mesmo local de onde tinha vindo com o primo, desta vês vinha de mochila às
costas e só.
Mal chegou ao carro abriu a porta atirou com a
mochila para o banco de traz e comentou:
-
Vamos embora antes que apareça algum conhecido
No caminho até
minha casa
No
caminho fizemos uma conversa da treta pois praticamente já tínhamos dito tudo,
directamente e entrelinhas. Eu pelo menos sabia como tudo aquilo iria acabar.
Da parte dele também já sabia o que queria.
Assim
que chegámos entramos e dirigi-o ao escritório onde tenho para além do
computador um Bar com bebidas e um mini-frigorífico com algumas bebidas.
-
Queres tomar alguma coisa? Tens aí a máquina de café, é de capsulas e algumas
bebidas. Também tens nesse mini-frigorífico cervejas e sumos. Como não me sinto
bem vou num instante desfazer a barba e tomar um duche a correr. O computador
está também à tua disposição. Vê se te desenrascas.
Quando
voltei vinha como é meu habito andar em casa com um robe vestido e sem mais
nada.
O
Jorge estava com um copo de sumo na secretária e sentado num banco frente ao
computador tentando dar-lhe a volta.
Sentei-me
no meu cadeirão por trás dele
-
Então já deste com alguma coisa?
-
Sem querer abri a tua página “O Canto do Nelson” e vi que és mais sabido que a
encomenda. Afinal não te escondes com aquilo que escrevas na internet.
-
Sim!.. Quem quiser saber algo de mim está à vontade. Só é difícil é saberem
algo sobre a minha vida privada. E quanto ao computador? Descobriste alguma
coisa.
-
Está difícil!.. O problema é do teu software
que usas que é o Windows XP que já
acabou. Creio que só um técnico abalizado te pode resolver o problema. Podes
trabalhar com ele à vontade, só não podes é ligar a net.
-
É como eu digo, o gajo só me serve
para substituir a máquina de escrever. Queres cuscar o que escrevo e as minhas
fotos?
-
Vou abrir esta pasta que tens qui escondida e que diz KissGay. Posso?
-
Estás à vontade.
-
Tens aqui fotos muito bonitas.
Sem
querer ou talvez não encostei-me a ele e o meu pau começou a levantar-se e ele
notou:
-
Já estás entusiasmado?
-
Desde o momento que te conheci que estou entusiasmado. Nota-se muito?
-
Eu também!
Então
o Jorge virou-se e ficamos frente a frente, meteu as pernas entre as minhas
afastando-as de forma a ficarmos mais pertos um do outro e nos beijamos
ardentemente.
-
Sempre é verdade andar nu em casa.
-
Não queres ver o resto?
-
Foi por isso que foste desafazer a barba e tomar duche?
-
Sabes aquela história de quem se ajoelha pede desculpa?
-
Queres que peça desculpa?
-
Se te ajoelhares não é preciso pedires desculpa.
Então
Jorge afastou-me o robe e começou por me beijar desde os lábios até ao meu
pénis que começou a sorver algum esperma que já começava a brotar.
-
E se fossemos para a cama? – disse eu –
Jorge
levantou-se e comentou:
-
És muito sabido.
-
Não dizes que gostas de tipos mais velhos?
-
Mais velho só estive com um e não me dei nada bem, mas contigo está a ser
diferente.
Voltámo-nos
a beijar e já em pé, encaminhei-o para o quarto. A roupa dele e o meu robe foi
ficando espalhado pelo caminho até chagarmos à cama para onde nos atirámos.
Fiquei
deitado de costas e ele continuou com o que tinha começado de joelhos.
Delicia
das delicias o Jorge tinha aprendido bem com o primo. Faltava saber se lhe
tinha ensinado tudo e tirando o meu instrumento de prazer daquela boca que não
parava do vai e vem perguntei:
-
Não queres que te foda?
-
Só uma vez experimentei com o tal velho mas ele foi tão bruto que jurei nunca
mais experimentar.
-
E com o teu primo?
-
Só batemos umas punhetas e chupamos os nossos pirilaus.
-
Pirilaus uma porra!.. Tens um instrumento muito bom.
-
Achas? O teu também é gostoso. Nunca comi um cu.
Entretanto
já nos estávamos punhetando mutuamente e eu fazendo um esforço dos diabos para
não me vir comentei:
-
Daqui a pouco estou a vir-me
-
Não aguentas mais um pouco?
-
Aguento se te sentares nela. Juro que não te faço doer e depois podes fazer o
mesmo. Queres?
-
Como fazemos?
-
É fácil. Descontrai-te e deixa-te ir.
Foi
a vez de abrir a gaveta da mesa-de-cabeceira e tirar um tubo de vaselina com
que besuntei abundantemente o meu pau.
Então
primeiro sentei-o na minha barriga e de perna abertas e de joelhos fui subindo
e agarrando-lhe as pernas fui encaminhando o seu corpo até o ânus ficar na
direcção do meu pau totalmente hirto e besuntado fis com que o Jorge fosse
cavalgando entrando o meu pau dentro dele. Com aquela posição o ânus ficou mais
relaxado e lá foi entrando pouco a pouco enquanto lhe dava prazer
masturbando-o. Já estávamos ambos aflitos e a explosão foi rápida. Ao mesmo
tempo que ele se vinha sentou-se com mais força e todo o meu membro entrou
rapidamente naquele cuzinho quase virem e também me vim.
Todo
o meu peito ficou cheio daquela porra não largando o seu pau com toda a força.
Passados
minutos saímos daquela posição e nos agarramos como dois amantes antigos.
-
Foi bom? Não te fiz doer?
-
Nunca pensei que fosse tão bom. Agora cumpres com a promessa?
-
Mas és capas de te vir novamente já a seguir?
-
Acho que não!.. Mas fica para outra altura.
-
E o teu primo? Em que lugar fica?
-
Nunca ouviste dizer que um amor antigo apaga-se com um novo?
-
Sim já ouvi e esse dito é o que nós mais velhos costumam-mos dizer.
-
Parece que já somos adultos suficientes para fazermos o que bem entendemos.
-
Ao que parece, afinal o mais velho pareces tu!..
-
Desde que te vi deu-me um clique que me pareceu que algo iria mudar a minha
vida.
-
Então sempre és capaz de te vir novamente para me fuderes?
-Tu
é que sabes. As habilidades para fazeres de mim o que quiseres é tua.
-
O melhor é descansarmos um pouco e depois logo se vê. Já não tenho a tua idade...
E se fosse preparar algo para comer. Já são horas da janta e ainda tenho de te
levar a casa.
-
Não posso cá ficar? Amanhã íamos até à praia.
-
Então não avisas os teus familiares?
-
Se puder cá ficar telefono-lhes a dizer que fico em casa de um amigo e que já
não estou em casa do meu primo para eles não lhe telefonarem.
- Cá para mim podes ficar, comemos e
arranjamos mais forças para continuar, entretanto contas-me essa história com o
teu primo.
-
Tá bem. Só queria era tomar um duche, mas tens de me emprestar qualquer coisa
para vestir pois a minha mochila ficou no teu carro e é lá que tenho uma muda
de roupa.
-
Estás à vontade. Primeiro vou eu tomar o duche e depois vais tu enquanto
arranjo algo para comer. Quanto ao vestires empresto-te um robe e assim andamos
os dois à vontade.
-
Oky… Fico à espera.
Depois
de tudo combinado lá fui tomar o meu duche. Quando acabei fui até ao quarto e o
Jorge tinha adormecido.
Fui
até à cozinha e preparei um bacalhau com natas – daqueles que se compram
congelados e é ó meter no micro ondas e umas batatas fritas também de pacote.
Depois
de tudo pronto coloquei num carrinho de serviço e levei para o quarto e
acordei-o beijando-lhe um ombro que estava descoberto:
Ele
levantou a cabeça olhou para o repasto e comentou:
-
Nunca me tinham tratado assim!...
-
O que queres beber? Cerveja, vinho branco, tinto ou sumo?
-
Pode ser vinho branco.
-
Tenho aqui uma reserva fresca de Reguengos que até parece champanhe. Não queres
ir tomar o duche? – ao mesmo tempo que lhe entregava um robe branco -.
Jorge
levantou-se e foi quando vi bem toda a sua compleição física. Era um verdadeiro
Adónis com todo o corpo delineado certamente por alguma ginástica que fazia e
aquele pénis murcho mas de cabecita luzidia entre os dois tintins que até não
eram grandes e de poucos pêlos.
A
quando do nosso elevo foi de tal fúria que nem tinha reparado bem no seu corpo
e deu-me vontade de o agarrar novamente mas não o fiz. Deixei-o ir tratar-se da
sua higiene, mas sem antes lhe entregar um copo com um pouco daquele delicioso
vinho branco de Reguengos como de um brinde se tratasse ao tocarmos em ambos os
copos e nos beijamos novamente.
Gorge
não largando o copo comentou:
-
Nunca me tinham beijado assim nem tratado com tanto carinho.
-
É a sabedoria de um cota.
-
Sim tá bem!.. Chama-lhe cota….
Depois
daquele comentário saboroso, Jorge seguiu para o chuveiro e eu fiquei
preparando o quarto para o que viria a seguir.
Fim
do I Capitulo
Para ver o que se
passou a seguir procure no poste a seguir
Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)