O encontro
Estava um frio de rachar (12
º centígrados em casa). As mãos estavam engadanhadas e com o robe vestido por
cima de um pijama de flanela, mesmo assim o frio entranhava-se corpo dentro.
Acendi a lareira mas mesmo assim a casa estava fria. Por mais que andasse de um
lado para o outro armado em tontinho em algumas arrumações a coia não
abrandava. Já tinha tomado quatro cafés e comido meio bolo-rei que tinha
sobrado do Natal mas mesmo assim a coisa não passava então agasalhei-me o
melhor possível e fui ver o mar. – Pelo menos dentro do carro estaria
quentinho. E estava –.
Quando cheguei à praia de
São Julião o parque de estacionamento estava cheio de carros que se via ser de
surfistas não só pelas pranchas em cima dos tejadilhos de alguns e outros de
porta-bagagens abertos junto aos quais uns se despiam e outros se vestiam mesmo
com aquele fio para irem surfar.
Encontrei um lugar frente ao
mar e estacionei.
Já eram cinco da tarde e o
Sol lá ao longe ia-se debruçando-se no horizonte como a dizer “Até amanhã”.
O espectáculo estava
infinitamente e lindo. As nuvens abriam-se para deixar passar o vermelho do
Sol-pôr.
Mais para cá, junto à praia,
vários surfistas brincavam sobre as pequenas ondas que se iam espraiando na
areia.
Na esplanada do café, pouca
gente. Alguns agarrados aos computadores escrevendo ou lendo sabe-se lá o quê.
Outros agarrados às tabletes. No passadiço, elas e eles de smartphones em
punho, falando, falando, falando como não houvesse outra coisa para fazer. Não
sai do carro. Liguei a minha pene com uma playlist para estas ocasiões. Liguei
o aquecimento e deixei-me estar observando aqueles loucos do surfe com um
ambiente a rondar os 10º Graus centígrados pareciam que não tinham frio.
Às tantas no carro que
estava a meu lado entraram um casal de idade e dois putos jovens que deviam ser
netos e lá foram de abalada. Mal saíram logo entrou outro carro desta vez de
surfistas. Um ai para os seus cinquenta nos, pela sua compleição física e os
cabelos brancos e outro que parecia, à primeira vista, ter aí os seus vinte
anos - Deviam ser pai e filho.
Na altura tinha a janela do
meu lado aberta por causa do fumo do cigarro. Na minha playlist estava a dar “Toda
una vida” de António Machim portanto do exterior ouvia-se bem a música.
Resultado o jovem surfista assomou-se à janela e perguntou:
- Desculpe!.. Mas é rádio ou
CD?
- Não!.. É uma pene com uma
playlist feita por mim.
- Você tem muito bom gosto
musical
- E você deve ser louco ir
para o mar com este frio e a esta hora.
- É a hora que meu pai sai
do trabalho e me pode trazer e como somos ambos loucos por isto, antes do
jantar quando possível vimos sempre dar uma voltinha nas ondas.
O moço enquanto se despia
para vestir o fato próprio virou-se para o pai e comentou:
- Pai!... Já viste? Este
amigo tem o disco que andamos há tempos à procura.
O dito pai, já vestido e
pronto para as ondas aproximou-se e depois de me cumprimentar:
- Mas é CD?
- Não! É uma playlist
- Fês um roubo na internet…
não?
- Não meu amigo… Não faço
cópias pois respeito muito os direitos de autor. Normalmente ou compro os
discos ou oferecem-me. Depois faço as minhas próprias playlists ou CD MP3 para
os amigos.
- Desculpe a intromissão mas
andamos há tempos à procura deste CD e não encontramos.
- è natural, O António
Machim é um cantor de boleros já bastante antigo e não deve haver no mercado. Legalmente,
não o devo fazer, mas se têm assim tanto interesse, podemos arranjar maneira de
lhe enviar uma cópia, se me der a morada.
- Se ainda estiver por aqui
depois de irmos galgar umas ondas falamos nisso e obrigado pela sua gentileza,
Pai e filho lá foram de
pranchas debaixo dos braços até à praia.
É preciso ter muita coragem para se meterem no mar com este frio e a esta
hora em que o Sol já se foi e a escuridão já se aproxima - Pensei eu.
Lá ao longe sobre as ondas
já pouco se via. Nem se delineava se eram corpos ou outra coisa qualquer, mas
eles não desistiam, pelo menos creio que se viam uns aos outros.
Normalmente trago no carro
uma máquina fotográfica mas desta vez, nem maquina nem binóculos. Não que
julgasse obter alguma fotografias de jeito, mas ao ver algumas raparigas, que
deviam ser namoradas de alguns daqueles malucos, do passadiço tirarem fotos,
talvez tivesse sorte já que a minha é uma reflex com tele objectiva.
O tempo foi passando até que
os tais chegaram. Ao que parecia não tiritavam de frio como seria normal, pelo
menos para mim.
- Você tem de experimentar
uma banhoca destas - Disse o pai
- Livra!... Creio que
morria. Se fosse no verão e de dia era capaz de experimentar.
- Nunca experimentou surfar?
– Retorqui-o o filho.
- O meu problema é não ter
com quem.
- Temos de combinar um dia.
Não precisa de comprar a prancha, nós temos umas suplentes.
- Tá bem… Quando chegar o
verão logo de vê!...
Enquanto eles se despiam
tocou um dos seus telefones que o pai atendeu.
- Então onde moram? – Perguntei com o intuito de lhes mandar o tal
CD.
- Moramos em Sintra. O meu
pai já lhe dá um cartão.
- Tem piada que também moro
na zona,
Entretanto o pai voltou de
atender o telefone e já vestido comentou:
- Estamos com uma
chatice!...
- Então qual é o problema?
- A tua mãe como sempre,
arranjou um problema com o carro e temos de a ir buscar a Lisboa.
Ouvindo a conversa comentei:
- As mulheres para dar cabo cos
carros estão ai para as curvas, Só dão chatices. Felizmente já me curei disso.
- Não me diga que a mandou
bugiar? – comentou o pai.
- Não!.. Foi por ela própria
e nem sabe o bem que me fez.
- Mas a minha não vai nem
por meio da rolha. Se não fosse o meu filho andava sempre só.
- A minha avó dizia que
“mais vale só que mal acompanhado”
- Pois o problema são os
filhos.
- Ó meu amigo. Também tenho
filhos e criados. Cada um faz a vida como podem e somos todos felizes. Então
vocês moram em Sintra? Se calhar podemos encontrar para lhes dar o CD
prometido, moro perto.
Entretanto o pai entregou-me
o seu cartão apresentando-se – Sou João Castro e o meu filho Jorge Castro.
- E eu, Nelson
Depois das apresentações o
Jorge comentou virando-se para o Pai
- E se fosse o pai buscar a
mãe e como aqui o Nelson mora perto de nós se não lhe desse muito trabalho
levava-me e talvez me pudesse dar o CD.
- Não achas que já estás a
abusar da gentileza do nosso amigo?
- Tu é que disseste que ele
é simpático…
Perante tal conversa entre
pai e filho. Com a minha observação clinica achei que havia qualquer coisa de
entendimento entre os dois e depois de observar bem o olhar do Jorge resolvi
jogar a sorte:
- Se permitem podemos
resolver a situação. O João vai buscar e esposa e o Jorge a minha casa, fazemos
a cópia do CD e depois levo-o a casa, já que moramos perto.
Foi assim, que mais tarde
receberia “a minha prenda de natal”
As pranchas foram com o João e o Jorge foi comigo.
No caminho para minha casa o
Jorge contou-me que havia um problema entre os pais. A mãe não queria entender
que ele já era homem suficiente para fazer a vida que muito bem entendia e o
pai dava-lhe o total apoio. A mãe era secretária de uma grande empresa e o pai
era dono de uma empresa de consultoria na área de comunicação social e com uma
mente muito mais aberta. O que ele queria era que o filho fosse feliz.
Com todas aquelas
divulgações embora ele não tivesse quaisquer tiques fora do macho-latino
apercebia-se que ali havia rato e eu seria o gato.
Falamos também dos nossos
gostos musicais, teatrais e literários e todos coincidiam
Chegados a casa
Depois de arrumar o carro na
garagem que tem entrada directa para a casa Jorge comentou:
- Gostava de ter uma garagem
assim.
- Então porquê?
- O meu pai de vez em quando
empresta-me o carro e os cuscas lá do prédio vão contar a minha mãe a que horas
cheguei e com quem e depois levo na cabeça, não só por o meu pai me emprestar o
carro como se levo lá a casa algum amigo.
- Então é essa a guerra
entre os teus pais.
- Ela quer que eu namore a
filha de uma colega porque tem uma boa posição social, mas eu não gosto da
rapariga. O meu pai entende-me e diz sempre que tenho tempo para me enforcar.
- E o teu pai concorda com
os teus amigos?
- Ele só diz para eu não me
meter em aventuras estranhas. Até me admira ter simpatizado contigo, Se calhar
é por seres mais velho que eu. Normalmente só ando com malta da minha idade.
Entretanto já tínhamos
entrado em casa propriamente dito. Passamos pela sala e perguntei-lhe se queria
beber alguma coisa e tomar um duche para tirara água salgada enquanto eu iria
para o computador passar as tais músicas para um CD. Ele aceitou o duche e levei-o
para a suite que tem um chuveiro e entreguei-lhe um toalhão de banho.
Idealizando logo o que iria
acontecer, em vez de ir para o computador fui para a cozinha e preparei umas sanduiches de fiambre com queijo e
manteiga, um jarro de sumo de laranja e uma garrafa de vinho branco Reserva de
Reguengos. Coloquei tudo num carrinho de apoio e levei-o para a sala junto a um
dos maples. Enchi um dos copos e
comecei bebendo, não sem antes ter colocado um CD com boleros de António Machim,
(as musicas que eles tinha ouvido no carro).
Não sei quem estava com mais
pressa que nossos corpos se juntassem pois mal começou a tocar o tal tema,
entrou o Jorge com o toalhão enrolado à cintura.
Ai vinha “a minha prenda de
Natal”
Já o tinha visto vestir-se
na praia mas naquele momento o Jorge era uma assombração de bom gosto dos
Olimpos. Qualquer estátua grega ficaria de inveja daquele corpo.
Ao mesmo tempo que ele ia
entrando quase de propósito começava a ouvir-se “Dos Gardénias” na
inconfundível voz do cantor que ambos admirávamos dando como interlúdio de uma
cena de amor.
- Já preparas-te um petisco.
Como adivinhaste que estava com fome? Comentou
o Jorge ao entrar na sala.
- Com todos aqueles
mergulhos e depois do duche certamente que comes qualquer coisa. Tens umas
sanduiches e para beber, sumo de laranja natural ou vinho branco fresquinho do
Alentejo.
- Desculpa estar assim, mas
não me dava jeito vestir a mesma roupa.
- Acho que fizeste muito
bem. Fica à vontade que também vou tomar um duche rápido.
Levantei-me e foi a minha
vez de me ir reconfortar com uma duchada rápida. Quando voltei também vinha com
um toalhão enrolado à cintura. – Tinha-lhe
dado tempo para comer e beber e sentir-se mais à vontade pois adivinhava que
alguma coisa sexual iria acontecer-.
- Já comeste? – Perguntei quando entrei-.
- Já e soube-me como ginjas.
Para a tua idade não tens um corpo nada mau.
- Isso é a recompensa do
petisco? Estares a chamar-me velho?
- Desculpa mas não foi com
intenção. A malta mais velha que eu que conheço não tem o corpo que tu tens.
- Quer dizer que tens
conhecido muitos cotas como eu?
- Por acaso conheci dois
mais ou menos da tua idade mas jurei para nunca mais.
Perante mais esta declaração atirei-me de cabeça.
- Porquê? Não te deram o que querias? As maltas
da tua idade são mais confortáveis?
- Não esteja a pensar mal de
mim. Parece que estás a enganar-te a meu respeito.
Para que não houvesse mais
duvidas e porque estava no maple
encostado a ele meti a mão debaixo do toalhão que cobria as partes íntimas fui
direito ao seu pénis com uma mão e com a outra puxei-lhe a cabeça e beijei
aqueles lábios carnudos.
Nem ai nem ui. Aceitou e
retorquiu abrindo a boca e nossas línguas se encontraram sofregamente.
Estivemos naquilo algum
tempo. O tempo suficiente para sentir o pénis dele começar a inchar. Quanto ao
meu nem se fala já estava pronto para umas estucadas.
Largamos nossos lábios e ele
comentou:
- Nunca fui beijado assim…
- Nem os cotas que
conheceste?
- Mas eles pouco me beijaram
e só me bateram umas punhetas.
- E os teus colegas? Nunca
foderam contigo?
- Também só batemos
punhetas.
- Não me digas que nunca
fodeste ou foste fodido.
- Epá!... Não sou nenhum
paneleiro.
- Olha!.. Paneleiro é um
homem ou mulher que faz panelas e ao que perece não é isso que estamos fazendo,
mas adiante. Não queres ver se o meu pau está em condições?
Ele fez o mesmo que eu tinha
feito e foi direito ao meu pau que estava mais rijo que uma barra de ferro e
começou a masturbar-me ao mesmo tempo que nos voltamos a beijar sofregamente.
Afastei os toalhões e
ficámos nus. Deitei-o de barriga para cima e fiquei em cima dele esfregando
nossos corpos lentamente enquanto nosso pénis se iam entretendo a conversar.
Larguei-lhe os lábios e
comecei a beijar aquele corpo de adónis até encontrar o mastro mais precioso
que um rapas daquela idade pode ter. Meti-o na boca a mamei e mordisquei todo
aquele pau saboroso. Ele já gemia e movimentava-se para que entrasse e saísse
mais rapidamente.
- Não te venhas.
- Mais um bocadinho venho-me
mesmo.
- Não me queres fazer o
mesmo?
- Mas nunca fiz isto.
- Mas não está a gostar?
- Estou
- Pois eu também gostava de
sentir os teus lábios no meu pirilau.
- Pirilau uma porra. É maior
que o meu.
Enquanto estava na minha
proposta já me tinha virado para a posição de sessenta e nove e ambos começamos
chupando e mamando nosso paus atrasando o mais possível nossas ejaculações.
- És capaz de te aguentares?
- Vai ser difícil.
- Estás fodido. Se te vieres
agora não me fodes.
- Mas queres que te foda?
Se aquela conversa dura-se
mais tempo o gajo vinha-se então resolvi dar a volta e sentar-me em cima
daquele mastro que não sendo muito grande entrou primeiro um pouco e depois
cavalgando um pouco acabou por entrar todo em meu corpo. Então sim, senti
dentro de mim toda aquela porra que há muito estava deserta de se expulsar.
Leveis uma das suas mão ao meu mastro e enquanto ele se continuava a vir dentro
de mim – Parecia que nunca mais acabava
de quantidade – me masturbava sendo a minha vez de expulsar a minha porra,
até ambos murcharem.
Voltámos a nos sentar beijando-nos até que ele
comentou:
- Porra!.. Se é isto que
vocês fazem eu quero mais. Nunca pensei que fosse tão bom..
- E se fossemos para a cama?
Ès capaz de te vir novamente?
- Contigo parece que faço
tudo.
Era o que queria ouvir.
Ajudei-o a levantar-se e segurando-o pelos ombros encaminhei-o para o quarto.
Afastei os lençóis e deitamo-nos de conchinha ficando ele à minha frente.
Tapámo-nos e sem mais conversas, acabámos por adormecer.
2.ª Ronda daquela noite
Das duas, uma. Ou estava a
sonhar ou o telefone estava mesmo a tocar. Deixei tocar mais um pouco. Era um
toque lá ao fundo que não conhecia. Abri os olhos e porra!.. Estava agarrado a
um gajo e o som de um telefone continuava a tocar. Afinal não estava a
sonhar!... Tinha mesmo um gajo à minha frente e a porra do telefone que não
conhecia o toque não era o meu. Olhei para as horas do relógio digital que
tinha na cabeceira e acordei mesmo. O gajo era real e em uma fracção de
segundos lembrei-me do que se tinha passado na noite anterior.
Resolvi abana-lo um pouco
pois o telefone era dele.
O Jorge atendeu e
inadvertidamente ou de propósito este ficou em voz alta de forma que ouvi a
conversa.
- Estou!..
- Quer dizer que já
acordaste.
- Sim pai. Já acordei mesmo
agora.
- A tua mãe está farta de me
chatear porque não ficaste em casa.
- Arranja uma desculpa
qualquer, mas olha que certamente, não vou tão sedo.
- E o que é que queres que
eu diga? Já sabes como ele é. Ela sabe que foste surfar comigo e ficaste na
praia.
- Diz-lhe que fiquei com uma
namorada e se calhar fiquei em casa dela. Fica mais satisfeita.
- Quer dizer!.. Eu, é que tenho de te aparar os golpes. A
propósito, já tens o CD?.
- Não tivemos tempo para isso… Logo ele vai
grava-lo. Tinhas rasão. Parece que acertei e estou apaixonado. Depois telefono,
não te preocupes que estou bem.
Jorge desligou o telefone
virou-se para mim e beijando-me comentou:
- Ouviste a conversa?
- Ouvi e vi, embora já tenha
dado por isso que tens uma grande cumplicidade com o teu pai.
- O pior é a minha mãe que
quer sempre saber com quem ando. Como não aceito o namoro com uma miúda que ela
me quer impingir, tem medo que ande com homens.
- Mas já deste razões para
isso?
- Nunca, O meu pai uma vês é
que deu comigo com um colega a batermos uma punhetas.
- E ele?
- Só me disse se não
passasse daquilo, não vinha nenhum mal ao mundo, Ele na sua juventude também
tinha feito as suas asneiras e não deixou de ser homem e eu era aprova disso.
- Tens muita sorte em ter um
pai assim.
- Ele só não gosta que eu
ande em boates Gay e com malta da minha idade.
- E tu?.. Segues os seus
conselhos?
- Lembras-te quando nos
conhecemos na praia? Ele é muito sabido e disse-me na altura que tu tinhas um
filing qualquer e que te achou muito simpático.
- Não me digas que tenho
algo escrito na testa,
- Não pelo contrário, mas
nutou a forma como me olhaste.
- E tu é que é que achaste?
Tens-te sentindo bem?
- É a primeira vez que tenho
sexo mais a sério com um tipo.
- E se fossemos fazer o
pequeno-almoço?
- É para já!.. Estou com uma
fome dos caraças.
Jorge ia afastando os
lenções para se levantar, mas não deixei, segurei-lhe numa das mão e puxei-o
para mim e ficámos destapados e agarrados.
Beijando aqueles lábios
sensuais perguntei se não se queria vir antes do pequeno-almoço.
Continuando a beijar-me
comentou
- É capaz de começar melhor
o dia. – Ao mesmo tempo que se elevava na
cama já com o pau em riste
Como estava deitado sobre
ele, com a posição que estava a ter e ideia seria de lhe beijar o corpo
descendo até aquele pau que pela experiência da noite anterior sabia ser
bastante gostoso mas parei.
- Não queres tomar o meu
leite da manhã? – Perguntou ao notar que
eu tinha parado.
- Já provei ontem mas hoje
quero outra coisa.
- Queres que te foda?
- Não!... Quero foder-te eu…
Não queres?
- Mas nuca experimentei, mas
gostava de me vir.
- Isso não é tesão de mijo?
- Não! É um prazer enorme de
estar contigo.
Palavras não eram ditas e
como não consegui o que queria nem consentiu ao meu pedido e estava com uma
rebarba dos diabos baixou-se e ao mesmo tempo que se masturbava veio chupar o
meu pénis que também estava em pé de guerra, Duas chupadelas e duas punhetadas foram
o suficiente para a ejaculação mutua acontecer.
Enquanto vinha com a boca
cheia misturar aquela minha porra com a minha saliva. Foi dizendo ser aquilo a
única coisa que poderia fazer.
Beijámo-nos sofregamente
durante algum tempo até que nos levantámos.
Nunca naquela tarde de fim
de dia em que fui até ao mar, tinha pensado depois de ver tantos corpos belos
surfarem naquelas ondas frias que um deles estivesse ali comigo.
Como tenho duas casas de
banho, cada um foi para a sua tratar da sua higiene e preparar-nos para o
pequeno-almoço que como mandam as regras naquelas situações foi bastante
condimentado. Tínhamos de arranjar forças para o que desse e viesse.
Depois de lhe emprestar uns
boxers como os meus lá fomos de tronco nu para a cozinha. Antes de ser eu a
procurar condimentos Jorge perguntou.
- Quais os condimentos que
tens?
- Em princípio tenho um
pouco de tudo. Procura naquele armário e no frigorífico. Mas o que vais fazer?
-
Vou fazer uns crepes com doce de leite e se tiveres todos os condimentos também
faço umas Brusquetas com Creme de Brie. Tens ovos, manteiga farinha,
leite, leite condensado, açúcar, morangos, azeite, ervas aromáticas, tomates,
Nata em spray?
- Procura nos armários e no
frigorífico tudo o que precisas. Mas percebes alguma coisa de cozinha?
- De cozinha percebo já há
alguns anos mas de cuzinho começaste tu a ensinar-me.
- Se essa resposta é
referente ao que estou a pensar, ainda não viste tudo. Ma vamos lá ver o que
preparas para o nosso pequeno-almoço.
Enquanto ele preparava com a
minha admiração o tal soberbo pequeno-almoço, eu fui fazendo um sumo de laranja
natura, duas chávenas de café com leite e um chá. Não sabia o que ele mais
gostava para bebida. Depois fui por a mesa na salinha de estar. Se há coisas
que não gosto é comer na cozinha e a casa de jantar só utilizo para as
refeições principais. De vez em quando ia até ele colocava-me atras e encostado
a ele e ia-lhe dando uns leves beijos na nuca ao mesmo tempo que debruçado
pelos seus ombros ia vendo o que fazia. Por sua vez, não deixando o que estava
a fazer ia movimentando o seu corpo para que ficasse mais colado a mim.
Se não estivéssemos na
cozinha, seria ali mesmo e com a fome que tinha de o comer, seria mesmo ali que
tentaria a penetração que há muito esperava e que certamente ele não diria que
não, mas afastei-me pois não seria oportuno e continuei nas minhas lides
domésticas.
Quando tudo estava pronto e
empratado e a mesa posta fomos para o comedouro e perguntei:
- Que tipo de música gostas?
- Posso procurar nos CDs?
- Estás à vontade como se
estivesses em tua casa.
- Vamos lá ver o que tens
aqui sem ser o António Machim.
- Esse não tenho em CD mas
em vinil mas já o passei para MP3.
- Mas espera ai!... Tens
aqui um CD em que na capa pareces tu!... É verdade?
- Sim… É verdade! Sou eu.
- Mas tu és cantor?
- Efectivamente ainda não
conversamos sobre isso.
- Que mais segredos tens
para me contar?
- Tirando que vivo sozinho e
que fiquei apaixonado assim que te vi, nada mais.
- Posso ouvir uma das tuas
músicas? Tens aqui uma que diz ”Sei que é o fim” é dedicada a alguém? Espero
que um dia não ma dediques a mim!..
- Foi uma história muito
complicada que é para esquecer.
- Foi assim tão bom que lhe
dedicaste uma canção?
- Já lá vão uns anos e quero
esquecer-me.
- Afora vejo porque és tão
amoroso.
- Poe lá uma musica e vem
comer.
E foi assim que aquele
pequeno-almoço misturado com algumas das minhas canções de dor de corno e
alguma conversa pelo meio o tempo foi passando, um pouco mais do que é normal
para uma refeição daquelas.
- Vamos dar uma volta? –
perguntou o Jorge –
- Qual é a tua ideia?
- Vou telefonar ao meu pai
para saber como é que ele se desenrascou com minha mãe e depois logo se vê.
Jorge assim fez, telefonou
ao pai e combinou encontrar-se com ele na praia para lhe contar o que se tinha
passado.
Eu fiquei de boca aberta,
embora já em tempos ter tido um amigo colorido com a bênção do pai. A história
iria repetir-se. Como já nada tinha a perder e era gente bem instalada na vida
e sem preconceitos, resolvi aceitar o convite, não sem antes ter feito uma
cópia do CD do António Machim.
Voltamos ao ponto de
partida, onde nos conhecemos.
O Sr. João já lá estava na
esplanada. Cumprimentamo-nos como velhos amigos, entreguei-lhe o tal CD e a
primeira coisa que o Jorge disse:
- Sabes? O Nelson também é
cantor e tem discos gravados.
- Não me digas? Mas não tem
aspecto de ser cantor pimba.
- Deus me livre!... –
Comentei – Se você pegar num copo e misturar o Tony de Matos, com o Francisco
José e o Abílio Hernandes, saio eu.
- Quer dizer que é um
romântico e cantas canções de corno.
- Já que é amigo do meu
filho gostava de ter um CD seu para mostrar à minha mulher, já que ela é
admiradora de música portuguesa até pode ser que seja a oportunidades de o
convidarmos a um jantar lá em casa.
- E pode ser mesmo hoje!
Assim ela tira os macaquinhos da cabeça e verificar que os meus amigos são
gente de bem. – comentou o Jorge –
- Também pode ser até porque
eu não lhe disse que tinhas ficado com uma namorada mas que tinhas ido a um
concerto fora de Lisboa.
Perante aquela conversa
entre pai e filho, fez-me mais uma vez, lembrar-me como tinha começado o namoro
com um moço que tinha tido nas mesmas condições há tempos atras e com quem fui
muito feliz.
Aceitei o convite e depois de longas conversas
sobre tudo e todos sem nunca tocarmos no relacionamento amoroso entre mim e o
Jorge, o dia foi-se passando até à hora do jantar.
Ainda passamos por minha casa
para ir buscar o CD para oferta a D. Eduarda e mostrar ao Sr. João a minha casa
para ver que era pessoa de bem.
- Desculpe o desarrumo, mas
o Jorge depois do pequeno-almoço alvitrou encontrarmo-nos consigo e ficou tudo
um pouco desarrumado.
Então aconteceu algo de
estranho. Quando passamos pelo quarto este também tinha a cama por fazer. João
olhou atentamente e mesmo de forma que eu ouvisse virou-se para o filho e
perguntou – Estás feliz?
- O Nelson é um tipo
impecável – respondeu o Jorge.
João virando-se para mim.
Comentou - Eu só quero que o meu filho seja feliz. Trate-o bem…
Se no meio disto tudo eu não
tivesse experiência de vida para aceitar estas situações ficaria envergonhado e
inveja de tanta cumplicidade entre pai e filho e um pouco de inveja.
Sem mais troca de palavras a
não ser coisas de circunstância, lá fomos para casa do João.
Quando chegamos, fui
apresentado a D. Eduarda como grande vedeta.
Na história que foi contada
à senhora, também ajudei à festa
D. Eduarda estava mais
espantada e satisfeita por receber em sua casa uma vedeta da canção (eu) que
nem se preocupou muito em saber onde o filhote tinha ficado a noite. O que ele
queria saber era como era a minha vida e se tinha filhos.
Dentro do possível lá lhe
contei as minhas andanças pela vida artística contando algumas histórias
passadas e até lhe disse que tinha dois filhos. A mulher ficou delirante e nem
no jantar nem depois nos cafés que foram servidos na sala nunca se falou em
preferências sexuais do mundo artístico.
Quando acabou a noite o Sr.
João inventou uma desculpa para o Jorge poder sair comigo com a promessa de
voltar.
Chegados a minha casa, já
eram quase duas da manhã. Abri uma garrafa de champanhe e com duas taças
levei-as para o quarto. Quando lá cheguei, já o Jorge estava todo nu em sima da
cama.
- Ainda tens vontade de
beber?
- Sim mas não penses que
vamos beber pelas taças.
- Pela garrafa por causa das
borbulhas também não dá jeito.
Entretanto já me tinha
despido e depois de abrir a garrafa despejei um pouco pelo seu corpo. Ele
estremeceu um pouco e comecei a sorver aquele líquido que percorria todo aquele
corpo musculado.
- Também quero experimentar.
- e em vez de deitar um pouco daquele líquido borbulhento em meu corpo despejou
quase todo no meu cacete que estava totalmente em pé. Depois foi a minha vez de
estremecer com aquele líquido descer até aos meus tintins que automaticamente
se encolhera Foi a vez dele se baixar e sorver tudo. Ao mesmo tempo rindo-se
comentou:
- Esta é a minha
maldade
- Também tenho uma maldade
para ti.
Então virei-o de forma a
ficar de costas para mim e comecei a beijar-lhe as costas até à nádegas ao
mesmo tempo que com as mãos elevava-o corpo. Ele notando qual a minha intenção
vivou a cabeça para mim e perguntou.
- Queres comer-me?
- Posso? Não farei nada que
não queiras.
- Podes faze-lo, mas com
cuidado para não me fazeres doer.
Era o que queria ouvir há muito tempo. Abri a
gaveta da nessa de cabeceira e tirei um tubo de vaselina, deitei um pouco
naquele cuzinho virgem e com o indicador de uma das mãos fui lubrificando-o e
tentando alarga-lo enquanto com a outra procurei o seu pénis masturbando-o.
Jorge movimentou o seu corpo elevando o rabo. Foi a vez de retirar o dedo do
ânus e substitui-o pelo meu pau que estava rijo e satisfeitinho como há muito
não se encontrava. Dali para a frente e com o maior cuidado, primeiro entrou a
cabeça e depois o resto do corpo. Foi a vez de o Jorge afastar a minha mão do
seu pénis e começar a masturbar-se a si próprio. Meu corpo caiu redondamente
nas suas costas e segurando nos seus ombros comecei a bombar repetidamente. Foi
um longo período de prazer de ambos, até acontecer o orgasmo. Estoirados e
suados caímos para o lado como dois coelhos. E acabamos por adormecer.
Quando acordamos já era uma
da tarde. Beijamo-nos e sem mais quaisquer palavras como de já fosse habito
aquele relacionamento, levantamo-nos, cada um foi para a sua casa de banho.
Efectivamente tinha
acontecido algo de estranho com aquele relacionamento. Nem falamos do que tinha
acontecido, simplesmente combinamos ir almoçar fora. Depois fomos ao cinema e
quando voltamos para casa o Jorge com o maior à-vontade telefonou para o pai e
simplesmente informou-o que estava comigo e não se preocupasse que estava bem.
Olhou para mim e só perguntou.
- Posso cá ficar uns dias?
- Por mim podes!..
- Então vamos fazer qualquer
coisa para o jantar.
E foi assim que o meu
relacionamento com o Jorge começou.
Sou visita da sua casa. O
João apoia o nosso relacionamento às escondidas da mãe.
Hoje somos felizes – por
enquanto – e até já comprei uma prancha e estou a aprender a fazer surf.
FIM desta aventura
Qualquer
semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a
ficção
Contos homoeróticos
Nelson Camacho D’Magoito