sábado, 27 de junho de 2015

Recordando uma prenda de Natal

O encontro
Estava um frio de rachar (12 º centígrados em casa). As mãos estavam engadanhadas e com o robe vestido por cima de um pijama de flanela, mesmo assim o frio entranhava-se corpo dentro. Acendi a lareira mas mesmo assim a casa estava fria. Por mais que andasse de um lado para o outro armado em tontinho em algumas arrumações a coia não abrandava. Já tinha tomado quatro cafés e comido meio bolo-rei que tinha sobrado do Natal mas mesmo assim a coisa não passava então agasalhei-me o melhor possível e fui ver o mar. – Pelo menos dentro do carro estaria quentinho. E estava –.
Quando cheguei à praia de São Julião o parque de estacionamento estava cheio de carros que se via ser de surfistas não só pelas pranchas em cima dos tejadilhos de alguns e outros de porta-bagagens abertos junto aos quais uns se despiam e outros se vestiam mesmo com aquele fio para irem surfar.
Encontrei um lugar frente ao mar e estacionei.

Já eram cinco da tarde e o Sol lá ao longe ia-se debruçando-se no horizonte como a dizer “Até amanhã”.
O espectáculo estava infinitamente e lindo. As nuvens abriam-se para deixar passar o vermelho do Sol-pôr.
Mais para cá, junto à praia, vários surfistas brincavam sobre as pequenas ondas que se iam espraiando na areia.
Na esplanada do café, pouca gente. Alguns agarrados aos computadores escrevendo ou lendo sabe-se lá o quê. Outros agarrados às tabletes. No passadiço, elas e eles de smartphones em punho, falando, falando, falando como não houvesse outra coisa para fazer. Não sai do carro. Liguei a minha pene com uma playlist para estas ocasiões. Liguei o aquecimento e deixei-me estar observando aqueles loucos do surfe com um ambiente a rondar os 10º Graus centígrados pareciam que não tinham frio.
Às tantas no carro que estava a meu lado entraram um casal de idade e dois putos jovens que deviam ser netos e lá foram de abalada. Mal saíram logo entrou outro carro desta vez de surfistas. Um ai para os seus cinquenta nos, pela sua compleição física e os cabelos brancos e outro que parecia, à primeira vista, ter aí os seus vinte anos - Deviam ser pai e filho.
Na altura tinha a janela do meu lado aberta por causa do fumo do cigarro. Na minha playlist estava a dar “Toda una vida” de António Machim portanto do exterior ouvia-se bem a música. Resultado o jovem surfista assomou-se à janela e perguntou:

- Desculpe!.. Mas é rádio ou CD?
- Não!.. É uma pene com uma playlist feita por mim.
- Você tem muito bom gosto musical
- E você deve ser louco ir para o mar com este frio e a esta hora.
- É a hora que meu pai sai do trabalho e me pode trazer e como somos ambos loucos por isto, antes do jantar quando possível vimos sempre dar uma voltinha nas ondas.

O moço enquanto se despia para vestir o fato próprio virou-se para o pai e comentou:

- Pai!... Já viste? Este amigo tem o disco que andamos há tempos à procura.

O dito pai, já vestido e pronto para as ondas aproximou-se e depois de me cumprimentar:

- Mas é CD?
- Não! É uma playlist 
- Fês um roubo na internet… não?
- Não meu amigo… Não faço cópias pois respeito muito os direitos de autor. Normalmente ou compro os discos ou oferecem-me. Depois faço as minhas próprias playlists ou CD MP3 para os amigos.
- Desculpe a intromissão mas andamos há tempos à procura deste CD e não encontramos.
- è natural, O António Machim é um cantor de boleros já bastante antigo e não deve haver no mercado. Legalmente, não o devo fazer, mas se têm assim tanto interesse, podemos arranjar maneira de lhe enviar uma cópia, se me der a morada.
- Se ainda estiver por aqui depois de irmos galgar umas ondas falamos nisso e obrigado pela sua gentileza,

Pai e filho lá foram de pranchas debaixo dos braços até à praia.
É preciso ter muita coragem para se meterem no mar com este frio e a esta hora em que o Sol já se foi e a escuridão já se aproxima - Pensei eu.
Lá ao longe sobre as ondas já pouco se via. Nem se delineava se eram corpos ou outra coisa qualquer, mas eles não desistiam, pelo menos creio que se viam uns aos outros.
Normalmente trago no carro uma máquina fotográfica mas desta vez, nem maquina nem binóculos. Não que julgasse obter alguma fotografias de jeito, mas ao ver algumas raparigas, que deviam ser namoradas de alguns daqueles malucos, do passadiço tirarem fotos, talvez tivesse sorte já que a minha é uma reflex com tele objectiva.

O tempo foi passando até que os tais chegaram. Ao que parecia não tiritavam de frio como seria normal, pelo menos para mim.

- Você tem de experimentar uma banhoca destas - Disse o pai
- Livra!... Creio que morria. Se fosse no verão e de dia era capaz de experimentar.
- Nunca experimentou surfar? – Retorqui-o o filho.
- O meu problema é não ter com quem.
- Temos de combinar um dia. Não precisa de comprar a prancha, nós temos umas suplentes.
- Tá bem… Quando chegar o verão logo de vê!...

Enquanto eles se despiam tocou um dos seus telefones que o pai atendeu.

- Então onde moram? – Perguntei com o intuito de lhes mandar o tal CD.
- Moramos em Sintra. O meu pai já lhe dá um cartão.
- Tem piada que também moro na zona,

Entretanto o pai voltou de atender o telefone e já vestido comentou:

- Estamos com uma chatice!...
- Então qual é o problema?
- A tua mãe como sempre, arranjou um problema com o carro e temos de a ir buscar a Lisboa.

 Ouvindo a conversa comentei:

- As mulheres para dar cabo cos carros estão ai para as curvas, Só dão chatices. Felizmente já me curei disso.
- Não me diga que a mandou bugiar? – comentou o pai.
- Não!.. Foi por ela própria e nem sabe o bem que me fez.
- Mas a minha não vai nem por meio da rolha. Se não fosse o meu filho andava sempre só.
- A minha avó dizia que “mais vale só que mal acompanhado” 
- Pois o problema são os filhos.
- Ó meu amigo. Também tenho filhos e criados. Cada um faz a vida como podem e somos todos felizes. Então vocês moram em Sintra? Se calhar podemos encontrar para lhes dar o CD prometido, moro perto.

Entretanto o pai entregou-me o seu cartão apresentando-se – Sou João Castro e o meu filho Jorge Castro.
- E eu, Nelson

Depois das apresentações o Jorge comentou virando-se para o Pai

- E se fosse o pai buscar a mãe e como aqui o Nelson mora perto de nós se não lhe desse muito trabalho levava-me e talvez me pudesse dar o CD.
- Não achas que já estás a abusar da gentileza do nosso amigo?
- Tu é que disseste que ele é simpático…

Perante tal conversa entre pai e filho. Com a minha observação clinica achei que havia qualquer coisa de entendimento entre os dois e depois de observar bem o olhar do Jorge resolvi jogar a sorte:

- Se permitem podemos resolver a situação. O João vai buscar e esposa e o Jorge a minha casa, fazemos a cópia do CD e depois levo-o a casa, já que moramos perto.

Foi assim, que mais tarde receberia “a minha prenda de natal”

As pranchas foram com o João e o Jorge foi comigo.

No caminho para minha casa o Jorge contou-me que havia um problema entre os pais. A mãe não queria entender que ele já era homem suficiente para fazer a vida que muito bem entendia e o pai dava-lhe o total apoio. A mãe era secretária de uma grande empresa e o pai era dono de uma empresa de consultoria na área de comunicação social e com uma mente muito mais aberta. O que ele queria era que o filho fosse feliz.

Com todas aquelas divulgações embora ele não tivesse quaisquer tiques fora do macho-latino apercebia-se que ali havia rato e eu seria o gato.

Falamos também dos nossos gostos musicais, teatrais e literários e todos coincidiam  

Chegados a casa

Depois de arrumar o carro na garagem que tem entrada directa para a casa Jorge comentou:

- Gostava de ter uma garagem assim.
- Então porquê?
- O meu pai de vez em quando empresta-me o carro e os cuscas lá do prédio vão contar a minha mãe a que horas cheguei e com quem e depois levo na cabeça, não só por o meu pai me emprestar o carro como se levo lá a casa algum amigo.
- Então é essa a guerra entre os teus pais.
- Ela quer que eu namore a filha de uma colega porque tem uma boa posição social, mas eu não gosto da rapariga. O meu pai entende-me e diz sempre que tenho tempo para me enforcar.
- E o teu pai concorda com os teus amigos?
- Ele só diz para eu não me meter em aventuras estranhas. Até me admira ter simpatizado contigo, Se calhar é por seres mais velho que eu. Normalmente só ando com malta da minha idade.

Entretanto já tínhamos entrado em casa propriamente dito. Passamos pela sala e perguntei-lhe se queria beber alguma coisa e tomar um duche para tirara água salgada enquanto eu iria para o computador passar as tais músicas para um CD. Ele aceitou o duche e levei-o para a suite que tem um chuveiro e entreguei-lhe um toalhão de banho.
Idealizando logo o que iria acontecer, em vez de ir para o computador fui para a cozinha e preparei umas sanduiches de fiambre com queijo e manteiga, um jarro de sumo de laranja e uma garrafa de vinho branco Reserva de Reguengos. Coloquei tudo num carrinho de apoio e levei-o para a sala junto a um dos maples. Enchi um dos copos e comecei bebendo, não sem antes ter colocado um CD com boleros de António Machim, (as musicas que eles tinha ouvido no carro).

Não sei quem estava com mais pressa que nossos corpos se juntassem pois mal começou a tocar o tal tema, entrou o Jorge com o toalhão enrolado à cintura.
Ai vinha “a minha prenda de Natal”
Já o tinha visto vestir-se na praia mas naquele momento o Jorge era uma assombração de bom gosto dos Olimpos. Qualquer estátua grega ficaria de inveja daquele corpo.
Ao mesmo tempo que ele ia entrando quase de propósito começava a ouvir-se “Dos Gardénias” na inconfundível voz do cantor que ambos admirávamos dando como interlúdio de uma cena de amor.

- Já preparas-te um petisco. Como adivinhaste que estava com fome? Comentou o Jorge ao entrar na sala.
- Com todos aqueles mergulhos e depois do duche certamente que comes qualquer coisa. Tens umas sanduiches e para beber, sumo de laranja natural ou vinho branco fresquinho do Alentejo.
- Desculpa estar assim, mas não me dava jeito vestir a mesma roupa.
- Acho que fizeste muito bem. Fica à vontade que também vou tomar um duche rápido.

Levantei-me e foi a minha vez de me ir reconfortar com uma duchada rápida. Quando voltei também vinha com um toalhão enrolado à cintura. – Tinha-lhe dado tempo para comer e beber e sentir-se mais à vontade pois adivinhava que alguma coisa sexual iria acontecer-.

- Já comeste? – Perguntei quando entrei-.
- Já e soube-me como ginjas. Para a tua idade não tens um corpo nada mau.
- Isso é a recompensa do petisco? Estares a chamar-me velho?
- Desculpa mas não foi com intenção. A malta mais velha que eu que conheço não tem o corpo que tu tens.
- Quer dizer que tens conhecido muitos cotas como eu?
- Por acaso conheci dois mais ou menos da tua idade mas jurei para nunca mais.

Perante mais esta declaração atirei-me de cabeça.

 - Porquê? Não te deram o que querias? As maltas da tua idade são mais confortáveis?
- Não esteja a pensar mal de mim. Parece que estás a enganar-te a meu respeito.

Para que não houvesse mais duvidas e porque estava no maple encostado a ele meti a mão debaixo do toalhão que cobria as partes íntimas fui direito ao seu pénis com uma mão e com a outra puxei-lhe a cabeça e beijei aqueles lábios carnudos.   
Nem ai nem ui. Aceitou e retorquiu abrindo a boca e nossas línguas se encontraram sofregamente.
Estivemos naquilo algum tempo. O tempo suficiente para sentir o pénis dele começar a inchar. Quanto ao meu nem se fala já estava pronto para umas estucadas.
Largamos nossos lábios e ele comentou:

- Nunca fui beijado assim…
- Nem os cotas que conheceste?
- Mas eles pouco me beijaram e só me bateram umas punhetas.
- E os teus colegas? Nunca foderam contigo?
- Também só batemos punhetas.
- Não me digas que nunca fodeste ou foste fodido.
- Epá!... Não sou nenhum paneleiro.
- Olha!.. Paneleiro é um homem ou mulher que faz panelas e ao que perece não é isso que estamos fazendo, mas adiante. Não queres ver se o meu pau está em condições?

Ele fez o mesmo que eu tinha feito e foi direito ao meu pau que estava mais rijo que uma barra de ferro e começou a masturbar-me ao mesmo tempo que nos voltamos a beijar sofregamente.
Afastei os toalhões e ficámos nus. Deitei-o de barriga para cima e fiquei em cima dele esfregando nossos corpos lentamente enquanto nosso pénis se iam entretendo a conversar.
Larguei-lhe os lábios e comecei a beijar aquele corpo de adónis até encontrar o mastro mais precioso que um rapas daquela idade pode ter. Meti-o na boca a mamei e mordisquei todo aquele pau saboroso. Ele já gemia e movimentava-se para que entrasse e saísse mais rapidamente.

- Não te venhas.
- Mais um bocadinho venho-me mesmo.
- Não me queres fazer o mesmo?
- Mas nunca fiz isto.
- Mas não está a gostar?
- Estou
- Pois eu também gostava de sentir os teus lábios no meu pirilau.
- Pirilau uma porra. É maior que o meu.

Enquanto estava na minha proposta já me tinha virado para a posição de sessenta e nove e ambos começamos chupando e mamando nosso paus atrasando o mais possível nossas ejaculações.

- És capaz de te aguentares?
- Vai ser difícil.
- Estás fodido. Se te vieres agora não me fodes.
- Mas queres que te foda?

Se aquela conversa dura-se mais tempo o gajo vinha-se então resolvi dar a volta e sentar-me em cima daquele mastro que não sendo muito grande entrou primeiro um pouco e depois cavalgando um pouco acabou por entrar todo em meu corpo. Então sim, senti dentro de mim toda aquela porra que há muito estava deserta de se expulsar. Leveis uma das suas mão ao meu mastro e enquanto ele se continuava a vir dentro de mim – Parecia que nunca mais acabava de quantidade – me masturbava sendo a minha vez de expulsar a minha porra, até ambos murcharem.
 Voltámos a nos sentar beijando-nos até que ele comentou:

- Porra!.. Se é isto que vocês fazem eu quero mais. Nunca pensei que fosse tão bom..
- E se fossemos para a cama? Ès capaz de te vir novamente?
- Contigo parece que faço tudo.

Era o que queria ouvir. Ajudei-o a levantar-se e segurando-o pelos ombros encaminhei-o para o quarto. Afastei os lençóis e deitamo-nos de conchinha ficando ele à minha frente. Tapámo-nos e sem mais conversas, acabámos por adormecer.

2.ª Ronda daquela noite

Das duas, uma. Ou estava a sonhar ou o telefone estava mesmo a tocar. Deixei tocar mais um pouco. Era um toque lá ao fundo que não conhecia. Abri os olhos e porra!.. Estava agarrado a um gajo e o som de um telefone continuava a tocar. Afinal não estava a sonhar!... Tinha mesmo um gajo à minha frente e a porra do telefone que não conhecia o toque não era o meu. Olhei para as horas do relógio digital que tinha na cabeceira e acordei mesmo. O gajo era real e em uma fracção de segundos lembrei-me do que se tinha passado na noite anterior.

Resolvi abana-lo um pouco pois o telefone era dele.
O Jorge atendeu e inadvertidamente ou de propósito este ficou em voz alta de forma que ouvi a conversa.

- Estou!..
- Quer dizer que já acordaste.
- Sim pai. Já acordei mesmo agora.
- A tua mãe está farta de me chatear porque não ficaste em casa.
- Arranja uma desculpa qualquer, mas olha que certamente, não vou tão sedo.
- E o que é que queres que eu diga? Já sabes como ele é. Ela sabe que foste surfar comigo e ficaste na praia.
- Diz-lhe que fiquei com uma namorada e se calhar fiquei em casa dela. Fica mais satisfeita.
- Quer dizer!..  Eu, é que tenho de te aparar os golpes. A propósito, já tens o CD?.
 - Não tivemos tempo para isso… Logo ele vai grava-lo. Tinhas rasão. Parece que acertei e estou apaixonado. Depois telefono, não te preocupes que estou bem.

Jorge desligou o telefone virou-se para mim e beijando-me comentou:

- Ouviste a conversa?
- Ouvi e vi, embora já tenha dado por isso que tens uma grande cumplicidade com o teu pai.
- O pior é a minha mãe que quer sempre saber com quem ando. Como não aceito o namoro com uma miúda que ela me quer impingir, tem medo que ande com homens.
- Mas já deste razões para isso?
- Nunca, O meu pai uma vês é que deu comigo com um colega a batermos uma punhetas.
- E ele?
- Só me disse se não passasse daquilo, não vinha nenhum mal ao mundo, Ele na sua juventude também tinha feito as suas asneiras e não deixou de ser homem e eu era aprova disso.
- Tens muita sorte em ter um pai assim.
- Ele só não gosta que eu ande em boates Gay e com malta da minha idade.
- E tu?.. Segues os seus conselhos?
- Lembras-te quando nos conhecemos na praia? Ele é muito sabido e disse-me na altura que tu tinhas um filing qualquer e que te achou muito simpático.
- Não me digas que tenho algo escrito na testa,
- Não pelo contrário, mas nutou a forma como me olhaste.
- E tu é que é que achaste? Tens-te sentindo bem?
- É a primeira vez que tenho sexo mais a sério com um tipo.
- E se fossemos fazer o pequeno-almoço?
- É para já!.. Estou com uma fome dos caraças.

Jorge ia afastando os lenções para se levantar, mas não deixei, segurei-lhe numa das mão e puxei-o para mim e ficámos destapados e agarrados.

Beijando aqueles lábios sensuais perguntei se não se queria vir antes do pequeno-almoço.
Continuando a beijar-me comentou

- É capaz de começar melhor o dia. – Ao mesmo tempo que se elevava na cama já com o pau em riste

Como estava deitado sobre ele, com a posição que estava a ter e ideia seria de lhe beijar o corpo descendo até aquele pau que pela experiência da noite anterior sabia ser bastante gostoso mas parei.

- Não queres tomar o meu leite da manhã? – Perguntou ao notar que eu tinha parado.
- Já provei ontem mas hoje quero outra coisa.
- Queres que te foda?
- Não!... Quero foder-te eu… Não queres?
- Mas nuca experimentei, mas gostava de me vir.
- Isso não é tesão de mijo?
- Não! É um prazer enorme de estar contigo.

Palavras não eram ditas e como não consegui o que queria nem consentiu ao meu pedido e estava com uma rebarba dos diabos baixou-se e ao mesmo tempo que se masturbava veio chupar o meu pénis que também estava em pé de guerra, Duas chupadelas e duas punhetadas foram o suficiente para a ejaculação mutua acontecer.
Enquanto vinha com a boca cheia misturar aquela minha porra com a minha saliva. Foi dizendo ser aquilo a única coisa que poderia fazer.
Beijámo-nos sofregamente durante algum tempo até que nos levantámos.

Nunca naquela tarde de fim de dia em que fui até ao mar, tinha pensado depois de ver tantos corpos belos surfarem naquelas ondas frias que um deles estivesse ali comigo.
Como tenho duas casas de banho, cada um foi para a sua tratar da sua higiene e preparar-nos para o pequeno-almoço que como mandam as regras naquelas situações foi bastante condimentado. Tínhamos de arranjar forças para o que desse e viesse.
Depois de lhe emprestar uns boxers como os meus lá fomos de tronco nu para a cozinha. Antes de ser eu a procurar condimentos Jorge perguntou.
- Quais os condimentos que tens?
- Em princípio tenho um pouco de tudo. Procura naquele armário e no frigorífico. Mas o que vais fazer?
- Vou fazer uns crepes com doce de leite e se tiveres todos os condimentos também faço umas Brusquetas com Creme de Brie. Tens ovos, manteiga farinha, leite, leite condensado, açúcar, morangos, azeite, ervas aromáticas, tomates, Nata em spray?     
- Procura nos armários e no frigorífico tudo o que precisas. Mas percebes alguma coisa de cozinha?
- De cozinha percebo já há alguns anos mas de cuzinho começaste tu a ensinar-me.
- Se essa resposta é referente ao que estou a pensar, ainda não viste tudo. Ma vamos lá ver o que preparas para o nosso pequeno-almoço.

Enquanto ele preparava com a minha admiração o tal soberbo pequeno-almoço, eu fui fazendo um sumo de laranja natura, duas chávenas de café com leite e um chá. Não sabia o que ele mais gostava para bebida. Depois fui por a mesa na salinha de estar. Se há coisas que não gosto é comer na cozinha e a casa de jantar só utilizo para as refeições principais. De vez em quando ia até ele colocava-me atras e encostado a ele e ia-lhe dando uns leves beijos na nuca ao mesmo tempo que debruçado pelos seus ombros ia vendo o que fazia. Por sua vez, não deixando o que estava a fazer ia movimentando o seu corpo para que ficasse mais colado a mim.

Se não estivéssemos na cozinha, seria ali mesmo e com a fome que tinha de o comer, seria mesmo ali que tentaria a penetração que há muito esperava e que certamente ele não diria que não, mas afastei-me pois não seria oportuno e continuei nas minhas lides domésticas.

Quando tudo estava pronto e empratado e a mesa posta fomos para o comedouro e perguntei:
- Que tipo de música gostas?
- Posso procurar nos CDs?
- Estás à vontade como se estivesses em tua casa.
- Vamos lá ver o que tens aqui sem ser o António Machim.
- Esse não tenho em CD mas em vinil mas já o passei para MP3.
- Mas espera ai!... Tens aqui um CD em que na capa pareces tu!... É verdade?
- Sim… É verdade! Sou eu.
- Mas tu és cantor?
- Efectivamente ainda não conversamos sobre isso.
- Que mais segredos tens para me contar?
- Tirando que vivo sozinho e que fiquei apaixonado assim que te vi, nada mais.
- Posso ouvir uma das tuas músicas? Tens aqui uma que diz ”Sei que é o fim” é dedicada a alguém? Espero que um dia não ma dediques a mim!..
- Foi uma história muito complicada que é para esquecer.
- Foi assim tão bom que lhe dedicaste uma canção?
- Já lá vão uns anos e quero esquecer-me.
- Afora vejo porque és tão amoroso.
- Poe lá uma musica e vem comer.

E foi assim que aquele pequeno-almoço misturado com algumas das minhas canções de dor de corno e alguma conversa pelo meio o tempo foi passando, um pouco mais do que é normal para uma refeição daquelas.

- Vamos dar uma volta? – perguntou o Jorge –
- Qual é a tua ideia?
- Vou telefonar ao meu pai para saber como é que ele se desenrascou com minha mãe e depois logo se vê.

Jorge assim fez, telefonou ao pai e combinou encontrar-se com ele na praia para lhe contar o que se tinha passado.
Eu fiquei de boca aberta, embora já em tempos ter tido um amigo colorido com a bênção do pai. A história iria repetir-se. Como já nada tinha a perder e era gente bem instalada na vida e sem preconceitos, resolvi aceitar o convite, não sem antes ter feito uma cópia do CD do António Machim.

Voltamos ao ponto de partida, onde nos conhecemos.
O Sr. João já lá estava na esplanada. Cumprimentamo-nos como velhos amigos, entreguei-lhe o tal CD e a primeira coisa que o Jorge disse:
- Sabes? O Nelson também é cantor e tem discos gravados.
- Não me digas? Mas não tem aspecto de ser cantor pimba.
- Deus me livre!... – Comentei – Se você pegar num copo e misturar o Tony de Matos, com o Francisco José e o Abílio Hernandes, saio eu.
- Quer dizer que é um romântico e cantas canções de corno.       
- Já que é amigo do meu filho gostava de ter um CD seu para mostrar à minha mulher, já que ela é admiradora de música portuguesa até pode ser que seja a oportunidades de o convidarmos a um jantar lá em casa.
- E pode ser mesmo hoje! Assim ela tira os macaquinhos da cabeça e verificar que os meus amigos são gente de bem. – comentou o Jorge –
- Também pode ser até porque eu não lhe disse que tinhas ficado com uma namorada mas que tinhas ido a um concerto fora de Lisboa.

Perante aquela conversa entre pai e filho, fez-me mais uma vez, lembrar-me como tinha começado o namoro com um moço que tinha tido nas mesmas condições há tempos atras e com quem fui muito feliz.  
 Aceitei o convite e depois de longas conversas sobre tudo e todos sem nunca tocarmos no relacionamento amoroso entre mim e o Jorge, o dia foi-se passando até à hora do jantar.
Ainda passamos por minha casa para ir buscar o CD para oferta a D. Eduarda e mostrar ao Sr. João a minha casa para ver que era pessoa de bem.

- Desculpe o desarrumo, mas o Jorge depois do pequeno-almoço alvitrou encontrarmo-nos consigo e ficou tudo um pouco desarrumado.
 
Então aconteceu algo de estranho. Quando passamos pelo quarto este também tinha a cama por fazer. João olhou atentamente e mesmo de forma que eu ouvisse virou-se para o filho e perguntou – Estás feliz?

- O Nelson é um tipo impecável – respondeu o Jorge.

João virando-se para mim. Comentou - Eu só quero que o meu filho seja feliz. Trate-o bem…

Se no meio disto tudo eu não tivesse experiência de vida para aceitar estas situações ficaria envergonhado e inveja de tanta cumplicidade entre pai e filho e um pouco de inveja.

Sem mais troca de palavras a não ser coisas de circunstância, lá fomos para casa do João.
Quando chegamos, fui apresentado a D. Eduarda como grande vedeta.
Na história que foi contada à senhora, também ajudei à festa
D. Eduarda estava mais espantada e satisfeita por receber em sua casa uma vedeta da canção (eu) que nem se preocupou muito em saber onde o filhote tinha ficado a noite. O que ele queria saber era como era a minha vida e se tinha filhos.
Dentro do possível lá lhe contei as minhas andanças pela vida artística contando algumas histórias passadas e até lhe disse que tinha dois filhos. A mulher ficou delirante e nem no jantar nem depois nos cafés que foram servidos na sala nunca se falou em preferências sexuais do mundo artístico.
Quando acabou a noite o Sr. João inventou uma desculpa para o Jorge poder sair comigo com a promessa de voltar.

Chegados a minha casa, já eram quase duas da manhã. Abri uma garrafa de champanhe e com duas taças levei-as para o quarto. Quando lá cheguei, já o Jorge estava todo nu em sima da cama.

- Ainda tens vontade de beber?
- Sim mas não penses que vamos beber pelas taças.
- Pela garrafa por causa das borbulhas também não dá jeito.

Entretanto já me tinha despido e depois de abrir a garrafa despejei um pouco pelo seu corpo. Ele estremeceu um pouco e comecei a sorver aquele líquido que percorria todo aquele corpo musculado.

- Também quero experimentar. - e em vez de deitar um pouco daquele líquido borbulhento em meu corpo despejou quase todo no meu cacete que estava totalmente em pé. Depois foi a minha vez de estremecer com aquele líquido descer até aos meus tintins que automaticamente se encolhera Foi a vez dele se baixar e sorver tudo. Ao mesmo tempo rindo-se comentou:
- Esta é a minha maldade          
- Também tenho uma maldade para ti.

Então virei-o de forma a ficar de costas para mim e comecei a beijar-lhe as costas até à nádegas ao mesmo tempo que com as mãos elevava-o corpo. Ele notando qual a minha intenção vivou a cabeça para mim e perguntou.

- Queres comer-me?
- Posso? Não farei nada que não queiras.
- Podes faze-lo, mas com cuidado para não me fazeres doer.

 Era o que queria ouvir há muito tempo. Abri a gaveta da nessa de cabeceira e tirei um tubo de vaselina, deitei um pouco naquele cuzinho virgem e com o indicador de uma das mãos fui lubrificando-o e tentando alarga-lo enquanto com a outra procurei o seu pénis masturbando-o. Jorge movimentou o seu corpo elevando o rabo. Foi a vez de retirar o dedo do ânus e substitui-o pelo meu pau que estava rijo e satisfeitinho como há muito não se encontrava. Dali para a frente e com o maior cuidado, primeiro entrou a cabeça e depois o resto do corpo. Foi a vez de o Jorge afastar a minha mão do seu pénis e começar a masturbar-se a si próprio. Meu corpo caiu redondamente nas suas costas e segurando nos seus ombros comecei a bombar repetidamente. Foi um longo período de prazer de ambos, até acontecer o orgasmo. Estoirados e suados caímos para o lado como dois coelhos. E acabamos por adormecer.

Quando acordamos já era uma da tarde. Beijamo-nos e sem mais quaisquer palavras como de já fosse habito aquele relacionamento, levantamo-nos, cada um foi para a sua casa de banho.
Efectivamente tinha acontecido algo de estranho com aquele relacionamento. Nem falamos do que tinha acontecido, simplesmente combinamos ir almoçar fora. Depois fomos ao cinema e quando voltamos para casa o Jorge com o maior à-vontade telefonou para o pai e simplesmente informou-o que estava comigo e não se preocupasse que estava bem. Olhou para mim e só perguntou.
- Posso cá ficar uns dias?
- Por mim podes!..
- Então vamos fazer qualquer coisa para o jantar.

E foi assim que o meu relacionamento com o Jorge começou.
Sou visita da sua casa. O João apoia o nosso relacionamento às escondidas da mãe.
Hoje somos felizes – por enquanto – e até já comprei uma prancha e estou a aprender a fazer surf.
FIM desta aventura
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
              Contos homoeróticos

          Nelson Camacho D’Magoito

A Mãe que queria ter um neto

Isabel do Carmo tinha nascido na província. Filha de lavradores abastados um dia por imposição dos pais acabou por casar com um regente agrícola também de bastantes posses. Isabel foi educada no regime fascista e como seria normal na época, bastante temente a Deus, Tanto na escola como na igreja que frequentava os seus horizontes de vida não passavam dos conceitos cristãos existentes na época.
Um dia o marido fez-se sócio de uma empresa dedicada à agricultura e vieram morar para Lisboa.
Vieram para um condomínio fechado onde todos os seus habitantes também eram pessoas bem na vida e mais ligados aos negócios que à Igreja onde ela tinha sido criada ou seja: Pessoas de mentes mais abertas.
Por força das circunstâncias começaram a conviver com os outros condóminos. Até davam festas num salão existente para o eleito naquele condomínio. Quando de bom tempo também se juntavam na piscina comum, até que por natural da vida as mulheres foram tendo os seus filhotes. Inclusive a nossa amiga por força do destino teve um filho no mesmo dia e na mesma clinica que a Helena que habitava a vivenda mesmo ao lado.
Durante vários anos aquilo foi uma festa e as criancinhas foram crescendo e como seria natural quase como irmãos. Até entraram no mesmo infantário e mais tarde na mesma escola, não passando um sem o outro.
Anos depois

O Pedro e o João eram como o ”O Roque e o amigo” Estudavam ora em casa de um ora em casa do outro. Em dias de piscina lá estavam eles dando espectáculo nos seus saltos acrobáticos para delícia dos seus progenitores e vizinhos com quem se davam.
Com prévia autorização dos pais lá começaram a sair há noite sem ninguém se preocupar para onde iam.
Só D. Isabel de vez em quando, perguntava se eles ainda não tinham arranjado namoradas às quais eles respondiam que ainda era cedo para isso, Primeiro queriam curtir a vida.
O tempo e os anos foram passando até que atingiram os dezoito anos. Ambos os casais fizeram uma grande festa e então sim naquele dia de verão lá apareceram muitos colegas Rapazes e raparigas e todo o mundo curtiu a piscina. Alguns quase em pelota, fazendo uma “Rave” com Dj e tudo. D. Isabel nunca tinha visto tal e tanto desaforo, principalmente das raparigas que só em bikini se atiravam à água.
Tratando dos comes e bebes D. Isabel e D Helena na cozinha iam-se queixando da falta de namoradas dos seus filhotes. D. Izabel até comentava já andar a preparar o enxoval para o seu mais que tudo, enquanto os papás se entretinham no churrasco e olhando de soslaio para as raparigas, lembrando-se como era no seu tempo e comparando com suas mulheres que também já tinham sido assim, só que com mais recato e roupa.
Chegou quase a fim da festa quando os papás mandaram juntar todo o pessoal para dar a boa nova, ou seja, as prendas para os rapazes. Ouviu-se grandes buzinadelas de carros na rua e todo o mundo foi ver o que se passava.
Eram as pendas que chegavam. Nada mais nada menos que dois carros iguais.          
Os pais dos rapazes então depois de uma prelecção adequada à ocasião entregaram-lhes as respectivas chaves e um envelope a cada um onde por fora dizia “Para a Carta de Condução”
A alegria esfusiante de todos seguidos de palmas e beijinhos aos progenitores e depois de irem ver as “Bombas” voltaram aos saltos na piscina.
As acrobacias não paravam, principalmente dos nossos rapazes.
De repente o Carlos mais afoito subiu ao último lance e com uma pirueta lá se atirou. Calhou-lhe mal o cálculo e foi bater com a cabeça no fundo da piscina. Ninguém nutou o sucedido menos o João sempre atento ao que o amigo fazia e notando que algo de estranho se passava e não vendo o Pedro à tona, atirou-se à água e foi buscar o amigo levando-o para a borda da piscina.
Foi quando todo o mundo nutou que algo de estranho se passava fazendo uma roda à volta dos mesmos.
Pedro soltou alguma água que tinha bebido e João muito aflito, beijo-o longamente na boca comentando logo a seguir:

- Epá! Pregaste-me um susto dos diabos. Não voltes a fazer esta brincadeira.
 
Enquanto todo o mundo batia palmas os pais dos rapazes aproximaram-se para ver o que tinha acontecido mas só chegaram na parte final ou seja, no memento em que o Carlos era beijado pelo João. Ficaram tão confusos com a situação que até D. Isabel, muito atreita a cheliques, julgando ser outra coisa, acabou por desmaiar, passando a ser ela a socorrida.

Entretanto ao que parece o Pedro gostou do beijo do João e segurou-lhe na cabeça sendo desta vez ela a beijar o amigo.
Esta cena criou uma perplexidade estranha entre todos de tal forma que em uníssono com as palmas ouviu-se um borborinho Ahhhhhhhhhhh.

 Depois de todos recompostos com o sucedido praticamente acabou a festa.
D. Isabel acompanhada pela amiga recolheu-se aos seus aposentos.
Os colegas dos rapazes enquanto se preparavam para se irem embora ouviam-se em surdina, alguns comentários.

As raparigas comentavam que eles eram mal empregados para seres gays e os rapazes, a sorte que eles tinham em terem pais ricos e lhes terem oferecido os carros.

Depois daquela cena D. Isabel em conivência com a vizinha começou junta da direcção da escola onde os rapazes andavam a tentar saber os nomes e moradas das mães das raparigas, colegas dos filhos, com a finalidade de marcar reuniões e chás canasta em casa de Isabel. Resultado: Passados algum tempo essas reuniões começaram sendo o intuito primário a realização de festas com colegas dos rapazes sendo a maioria dos convidados, raparigas.
Isabel que tinha sido casada por imposição dos pais, queria fazer o mesmo para seu filho arranjando-lhe namoradas pressionando-o constantemente que queria ver a casa cheia de netos.
Isabel não se conformava com os tempos de mudança que se estavam a passar na juventude actual.
Os jovens de hoje não são os mesmos de há quarenta anos. Têm as suas próprias opções quanto ao casamento.

Os tempos foram-se passando e com tantas pressões, os rapazes lá foram arranjando as suas namoradas, mas sem quando se tratava de viagens de recreio de noitadas ou viagens de estudo andarem sempre juntos.

Já tinham carta de condução e embora cada um ter o seu carro, raramente viajavam cada um com o seu. Normalmente faziam-se conduzir num ou noutro 
 
Chagaram as férias e os nossos rapazes para fugirem a todas aquelas pressões resolveram ir passar quinze dias ao Algarve. Quem tratou do hotel foi o Pedro e na véspera da partida foram curtir a noite para o Bairro Alto.

Quando Isabel foi tratar do quarto do filho tratando-lhe das malas, despertando-lhe a curiosidade foi abrir-lhe a pasta do filho onde encontrou o Voucher do Hotel e achou estranho no documento constar a marcação somente de um quarto. Telefonou para a amiga Helena a perguntar se sabia qual o Hotel onde o filho iria ficar no Algarve e ele confirmou ser o mesmo do Pedro.

- Mas eu estou a ver aqui o Voucher e só está marcado um quarto.
- Amiga!.. Mas isso é normal. Já quando vamos todos eles ficam sempre no mesmo quarto.
- E acha isso normal? Dois homens ficarem no mesmo quarto?
- E porque não? Primeiro são amigos desde que nasceram, segundo a relação entre o meu filho e o seu, cá em casa nunca nos preocupou.
- Desculpe lá!... Mas relação? Que quer dizer com isso?
- Lembra-se quando foi o aniversário deles e a queda do Pedro na piscina e o beijo que eles deram?
- Sim!... Lembro-me perfeitamente.
- E você não desconfiou de nada?
- Mas desconfiar de quê?
- Desculpe amiga, mas você das duas, uma. Ou anda atrasada no tempo ou não quer ver o que está mesmo debaixo no nariz.

Isabel, se naquele dia tinha desmaiado? Naquele momento simplesmente desligou o telefone. Aquele seu desejo de encher a casa de netos tinha acabado.
Naquela noite depois de contar ao marido o que tinha descoberto nunca mais conseguiu dormir e ainda mais depois do marido ter comentado o facto:

- Deixa lá os rapazes. Desde que não andem para ai a dar nas vistas e sejam felizes é lá com eles e também pode ser que seja uma faze passageira e que um dia sigam outro rumo.
- Quer dizer que tu já sabias?....
- Saber não sabia. Mas também não sou parvo. E com a desculpa de estudarem à noite em casa de um ou do outro e acabarem por adormecer nos seus quartos. Ó mulher!.. Não me digas que nunca desconfiaste?
 Isabel perante a atitude do marido não conseguiu dormir mesmo e foi para a sala a fim de ver quando o seu mais que tudo chegava, mas teve azar. O Rapas quando entrou já vinha com o pequeno- almoço tomado e com o amigo. Só vinha buscar as malas.

- Então tu não me vais dar netos!... É isso? E tu? João vais na mesma!...

Os rapazes olharam um para o outro e só comentaram:

- Estamos lixados!... Já fomos descobertos.

Sem mais qualquer comentário de ambas as partes, subiram para o quarto e rapidamente desceram com as malas que faltavam. Ambos deram um beijo na Isabel que ficou como petrificada no meio da sala.

- Isto não vai ficar assim!...  – Comentou Isabel enquanto os rapazes saiam porta fora.




               Nelson Camacho D’Magoito

domingo, 7 de junho de 2015

Nota de Abertura

Caros leitores. Como é hábito dizer-se: “Quando se fecha uma porta há sempre outra que se abre”
Normalmente são os tementes a Deus que dizem isto. Eu nem sou nem deixo de ser. A experiência de vida como é óbvio fez de mim como Santo Mé (ver para crer) mas tudo isto é outra história.
A porta que se fechou foi o “SAPO” e a porta que se abriu foi aqui o “Blogspot”, eis porque estou aqui, principalmente por respeito aos meus leitores.  

Não sou um expert em informática portanto este blogue talvez não seja tão apelativo visualmente mas as minhas histórias e contos literariamente, creio serem bastante apelativos a quem me dirijo. Como normalmente se diz “O Habito não faz o Monge”.

Alguns já conhecem os meus trabalhos em “Historias & Historietas Eróticas” e em “O Canto do Nelson”, publicadas através do SAPO. Acontece que os cavalheiros não gostam das fotos que publicava a acompanhar os respectivos contos, então passei a publicar somente s textos sem quaisquer fotos que apimentavam as histórias. Como o meu lema de vida é “ É preciso não ter medo de ser diferente” venho albergar-me aqui com “ O Canto do Nelson II “ sendo uma continuidade do que tenho escrito na outra porta.

Este “Canto” continua a ser um blogue de Contos Eróticos e de outras coisas que me vão na alma tomando sempre em conta o que diz no:
Art.13º, n.º da Constituição

"Ninguém pode ser privilegiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual"

ALERTA - Aos amigos que me lêem
Este Blogue é constituído por histórias Homoeróticas dedicadas a MAIORES de 18 anos. Os homossexuais também têm sentimentos, sofrem, amam e gozam a vida como qualquer outro sejam activos, passivos ou Flex (versátil). As fotos e vídeos aqui apresentadas foram capturadas da internet e livres de copyrigt. Quanto aos textos, são de minha inteira responsabilidade ©. Não faça copy sem mencionar a sua origem. Tenham uma boa leitura e não se esqueça que o geral ultrapassa a ficção. Comente sem medos e não tenha preconceitos.
            Obrigado

Nelson camacho D’Magoito