II Capitulo
Uma
semana de amor
Aquele
maldito computador que tantas ralações me andava a dar, finalmente, derivado
aos seus queixumes naquele dia, concretizou-se a profecia “há azares que vem por bem”. Tinha conhecido o Jorge que
contrariamente ao que normalmente acontece. Fui eu o engatado.
Agora
só tinha que cumprir o que lhe tinha prometido. Teve sorte porque normalmente
não costumo cumprir com aquelas promessas. Também normalmente não ficam em
minha casa, é sempre a chamada “rapidinha”
com não mais de duas ou três horas e depois vão-se embora não dando espaço para
mais aventuras mas o caso do Jorge foi diferente.
Aconteceu
em relação às idades, estava-mos de acordo. Eu gosto dos mais novos e ele dos
mais velhos. Ele com pouca experiência e eu já entrado na idade dos cotas, como é óbvio, com a experiência e
lata toda.
Quando
ele apareceu vindo do duche, vinha todo nu e somente com o robe branco um pouco
aberto que lhe tinha emprestado, já eu tinha colocado o carrinho de serviço no
meio do quarto com dois pafes, um de
cada lado. A garrafa do vinho dentro de um balde de gelo para não aquecer.
Tinha também colocado um CD com uma música clássica de piano e baixados as
luzes dando um ambiente mais íntimo acrescentei no carrinho duas velas acesas.
-
Tás a ver porque julgo que os mais velhos sabem receber bem? Está tudo muito
romântico.
-
Uma forma delicada de me chamares velho.
-
Velho uma porra!.. Depois do que fizemos nunca te poderia chamar velho na
acepção da palavra. Foi com carinho. Sabes?.. Estou a ficar apaixonado por ti.
-
E o teu primo?
-
Não me fales desse gajo.
Entretanto
começámos a comer, Também há luz de velas que estavam no meio de nós.
-
Então conta lá o que se passa com o teu primo…
-
Já lá vão uns anos a primeira vez que fiquei em casa dele para irmos à praia,
ficamos na mesma cama e durante a noite o gajo começou por tentar abusar de mim
sexualmente, mas não deixei e ficamos por batermos uma punheta um ao outro.
-
E não passaram disso?
-
Um mês depois voltei a lá ficar com os meus pais e voltamos a ficar na mesma
cama. A meio da noite o gajo fechou a porta e colocou um DVD de filmes pornográfico
só de homens, onde se masturbavam, faziam sessenta e nove mamando os pénis uns
dos outros. Tás a ver como é que se faz?, perguntava-me ele ao mesmo tempo que
mamava o meu pau que estava murcho. Foi-se levantando pouco e pouco e sem saber
porquê começamos a fazer aquilo os dois. Eu vinha-me dentro da boca dele e ele
vinha-se dentro da minha.
-
E não passaram disso?
-
Nunca fizemos mais nada, mas o gajo é muito ciumento e quando cá venho nunca me
deixa falar com mais ninguém. Eu também só cá venho alguns fins-de-semana para
ir à praia.
Entretanto
já tínhamos acabado de comer e depois de tomar o café, voltamos para a cama
para conversar e voltei ao tema.
-
Então e como foi essa experiência com o tal tipo de que nem te queres lembrar?
-
Um dia o verão passado vinha da praia sozinho e um tipo ai para os seus
cinquenta anos parou o carro e perguntou-me se queria boleia. Como era um
grande esticão e sempre a subir aceitei. Durante o caminho contou-me que era
professor e gostava de música e que lhe tinham dado uma colecção de Hip Hope e como
não gostava do género tinha-os dado ao filho que por acaso também não gostava,
então tinha-os lá a um canto para oferecer a quem gostasse. Eu disse na altura
que gostava do género mas não tinha nenhum CD, só ouvias esse tipo de musica no
Youtube.
O
tipo que até ali se tinha mostrado bem simpático e ainda por cima professor
quando eu disse que gostava de ter esses CDs, prontificou-se logo a
oferecermos, bastava para tanto ir a casa dele. Aceitei e quando dei por mim
estava em casa do tipo, Entramos na sala e ele foi buscar os tais CDs. Eu
estava sentado num sofá e quando ele chegou entregou-me alguns colocando-os em
sima da minha perna ao mesmo tempo que me apalpou o pau. Fiquei sem saber o que
fazer ou dizer até que ele perguntou se podia ver. Ao mesmo tempo que me abria a
braguilha pondo cá para fora o coitado do meu pénis e começou a mama-lo. Como é
lógico o tipo começou a levantar-se então o tipo baixou-me as calças e mesmo
ali no sofá tentou violar-me. Ainda entrou um pouco e como gritei de dor e me
afastei o tipo ficou muito atrapalhado, Vesti as calças e sai porta fora.
Como
vês foi uma experiência nada agradável.
-
Também digo… Isso nunca me aconteceu nem fiz isso a alguém. Ficou-te de emenda
nunca mais pedires boleia ou entrares no carro de um desconhecido.
-
Porra!.. Jurei para nunca mais, mas contigo foi diferente. És um gajo porreiro
e no final fui eu que te engatei e não tu.
-
Pois. Estava sossegadinho da vida, Só olhei para ti e encontrei algo de
especial e estamos aqui felizes e contentes, Acho eu… Estás bem?
-
Soube-me bem desabafar. Nunca contei esta cena ao meu primo nem a ninguém por
vergonha.
-
Acho que fizeste bem. Assim como deves deixar de ir a casa dele. Agora podes
vir cá quando quiseres e passar não só os fins-de-semana como outros dias.
-
Achas? Achas que podemos ser amigos? – e beijou-me -.
Aquele
beijo e outros carinhos foi a continuação de muitos naquela noite, até
começarmos a alisar os nossos paus. Dali até começarmos a beijar e lamber
nossos corpos até aos sessenta e nove foram momentos de prazer. Foram
preliminares que duraram longo tempo, até que ele se virou ficando de costas
para mim como a pedir que o fudesse novamente.
Ainda meti a cabecita mas lembrei-me da
promessa e antes de continuar deu-me na gana e porque há muito tempo não levava
com um caralhito sem experiência perguntei-lhe ao ouvido:
-
Não queres tirar os três no teu pau?
-
Deixas?
-
Deixo, mas com calma.
Então
deitei-me de bruços e ele em cima de mim senti o seu peito musculado nas minhas
costas ao mesmo tempo que procurava o sítio próprio para me penetrar. Não tinha
mesmo experiência. Então não fui de modas. Com uma das mãos procurei o seu pau
e fui eu que o apontei direito ao meu ânus. Primeiro a cabecita e depois
movimentando-me ao mesmo tempo e ele lá entrou o resto. Ele bombou, ganiu de
prazer e eu gemi um pouco também de prazer pois já há algum tempo que não
arcava com tal coisa.
Ambos
nos movimentamos para que a penetração fosse constante até que os meus lençóis
ficaram cheios daquela minha porra e a minha próstata sentisse o fluxo do
esperma dele, com tal abundancia que até saiu um pouco para fora.
Fiquem
esparramado na cama com ele em sima de mim e ainda com o seu membro no mesmo
local durante algum tempo. Aquela porra de pau nunca mais murchava e perguntei:
-
Foi bom?... Queres te vir novamente.
-
Foi óptimo… Parece que o gajo quer mais, não dá sinais de murchar.
-
Continua a bombar e vais ver que te vens novamente. Deixa ver uma das tuas
mãos.
Então
encaminhei sua mão ao meu pau e começou a masturbar-me ao mesmo tempo que
continuava a bombar sem tirar fora. Continuamos naquilo durante algum tempo à
mistura de alguns gemidos de prazer até que novamente nos viemos.
Estoirados
acabamos por nos colocar abraçados e sem mais forças para o que quer que fosse
a não ser beijarmo-nos ficamos assim durante algum tempo, Duas vezes seguidas e
mais uma outra horas antes, já era demais para mim. Para ele que é jovem talvez
ainda pudesse aguentar com mais uma, mas não, acabamos por adormecer.
Se
mais acontecesse, Ficava para de manhã.
No
dia seguinte
O
Sol entrando pela janela já lambuzava nossos corpos nus conforme tínhamos adormecido.
Não
fora o Jorge ter adormecido agarrado a mim de conchinha teria sentido durante o
resto daquele noite o frio da madrugada mas foi aquele Sol quente que batendo
nas costas dele que o fez acordar e envolvendo-me com seus braços depois de
mordiscar os meus globos me disse baixinho:
-
Sabes que já sinto ciúmes do teu namorado?
Fiquei
parvo com aquele dito. Há muito que não acordava assim. Virei-me para ficarmos
frente a frente, retribui a mordicadela com outra nos seus lábios. Ele misturou
sua língua com a minha e durante algum tempo nos beijamos ardentemente, até que
comentei:
-
Mas eu não tenho namorado.
-
Não acredito!...
-
Podes acreditar. Como tu já tive alguns que inclusive viveram comigo mas
actualmente só tenho umas coisas coloridas.
-
Como assim?
-
São situações que fazem parte da minha vida privada.
-
Já te disse que estou apaixonado por ti?
-
Não será porque te sentiste bem esta noite?
-
Não! É que nunca pensei que outro homem me desse tanto carinho, me ouvisse e me
entendesse.
-
Primeiro sou um bom ouvinte, segundo já há muito que também não me sentia tão
feliz com alguém e tu saíste-me na rifa.
-
Vives só neste casarão. Não tens família?
-
Sim, tenho dois filhos mas cada um tem a sua vida e eu faço o mesmo.
-
Quer dizer que és casado?
-
Não… Sou divorciado mas isso é uma história que um dia te posso contar se o
mereceres.
-
Mas eu contei-te a minha história!...
-
E se nos levantássemos para ir tomar o pequeno-almoço? Que a esta hora já é
mais almoço que outra coisa? Não querias ir à praia? – Atalhei eu para não
continuar com a conversa sobre a minha vida privada -.
-
Tá bem!... Vou tomar um duche. Não queres vir também?
Afinal
de contas o gajo estava a aprender depressa. Aquela coisa de tomarmos duches
juntos, cheirava-me a outra coisa qualquer mas alinhei. Afinal das contas
estava a retroceder no tempo e estava a lembrar-me de alguém com que tinha
vivido seis anos.
Levantamo-nos
e como dois enamorados fomos para o duche de mãos dadas e entramos. Abrimos as
torneiras começaram a jugar água fria em nossos corpos que estremeceram
agarrando-nos um ao outro até começar a jugar a água quente. Deixamos de tremer
mas continuámos a abraçarmo-nos e novamente nossos lábios se encontraram. A
água continuava correndo por nossas cabeças e nossos ombros, saltando alguns
salpicos em nossos membros sexuais que cada vez mais se levantavam, então tal
como da primeira vez Jorge foi descendo até ficar de joelhos introduzindo em
sua boca o meu membro que cada vez estava mais excitado. Estava mais uma vez quase
a vir-me então não aguentei mais e segurando-o pelos ombros levantei-o virei
todo o seu corpo e empurrando-o contra a parede fora da queda de água dobrei-o
e com toda a calma comecei a enfiar-lhe o meu membro naquele cozinho que já
palpitava. Ele encolheu-se com uma das minhas mãos fiz-lhe a masturbação
necessária para ambos nos virmos ao mesmo tempo.
A
água quente continuava a escorrer pelos nossos corpos acabando por lavar toda
aquela porra que era expelida pelos
nossos trabalhadores de prazer.
-
Agora já podemos ir até à praia. Já tenho a certeza que não me vais deixar ou
criar mais um namorado colorido.
Aquelas
palavras do Jorge soou-me aos ouvidos tão fundo que me lembrei novamente do
grande amor da minha vida que já tinha sido.
Sai
do duche… Ele ainda ficou para tratar da sua higiene. Vesti-me apressadamente e
desci até ao carro para ir buscar a mochila dele. Quando voltei, já estava na
cozinha somente com o robe vestido, preparando tuas tijelas de flocos com
leite.
-
Já fui buscar a tua mochila.
-
Vamos tomar o pequeno-almoço na-cama?
-
Mas não queres ir até à praia? Não podemos guardar essa cisa da cama para mais
logo?
-
Tá bem!.. Mas prometes que continuo a ficar cá em casa!..
-
Posso levar-te quando quiseres. Mas os teus pais deixam-te ficar fora mais
tempo?
-
Estou de férias e volto a telefonar-lhes dizendo que estou bem. Ou não me
queres cá?
-
Não sejas parvo!.. Só não quero é arranjar-te complicações.
-
Já sou crescido suficiente para arcar com as minhas responsabilidades e vais
ver que os meus pais são uns tipos porreiros.
-
Vou ver? Não me digas que me queres apresentar aos teus pais.
-
E porque não! Assim ficam a saber que os meus amigos não só putos como o meu
primo
-
Está bem… Logo se vê.
Enquanto
estávamos nesta conversa, fomos tomando os flocos mesmo na cozinha e
vestindo-nos de calções de banho, bermudas e t-shirts. Se tivéssemos tomado o
pequeno-almoço na cama como ele sugeriu já não tínhamos saído de lá.
Descemos
e fomos até à Foz do Lizandro onde
nos banhamos e almoçamos numa das esplanadas.
Ao
fim da tarde ainda fomos até à Ericeira
como um casal em Lua-de-mel onde demos
umas voltas e acabamos por jantar na “Marisqueira”
mesmo frente a mar sapateira regada com Vinho Verde Gatão.
Certamente
vão saber o que aconteceu a seguir.
Como
é lógico voltamos para casa e tivemos outra noite de amor e durante três dias
não voltamos a sair.
Combinámos
o que seria a nossa vida para o futuro e só o levei a Lisboa ao sétimo dia.
Fiquei
de tal forma apaixonado que nunca mais atendei os telefonemas dos meus “amigos
coloridos” com a desculpa de estar adoentado.
Aguardo
ferozmente o próximo fim-de-semana para o ir buscar, conforme ficou combinado.
----------------- Fim
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Nelson Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
Para maiores de 18 anos
© Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)
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