domingo, 19 de julho de 2015

Carros ao Sol matam

Carros ao sol

Estamos no verão e é normal quando abandonamos os nossos carros deixa-los completamente fechados, até por causa dos amigos do alheio, pois leia este conselho.

O manual do condutor indica que antes de ligar o ar condicionado, deve-se primeiramente abrir as janelas e deixá-las assim por um tempo de dois minutos, porém não especificam "o porquê", só deixam entender que é para seu "melhor funcionamento".

Aqui vem a razão médica:
De acordo com um estudo realizado, o ar refrescante antes de sair frio, manda todo o ar do plástico quente o qual libera Benzeno, que causa câncer (leva-se um tempo para dar-se conta do odor do plástico quente no carro). Por isto é a importância de manter os vidros abertos uns minutos.

"Por favor não ligar o ar condicionado ou simplesmente o ar, imediatamente ao se entrar no carro.
Primeiramente deve-se abrir as janelas e depois de um momento, ligar o ar e manter as janelas abertas até uns minutos.

Além de causar câncer, o Benzeno envenena os ossos, causa anemia e reduz as células brancas do sangue.

Uma exposição prolongada pode causar Leucemia, e incrementar o risco de outros tipos de câncer.
Também pode causar aborto. O nível apropriado de Benzeno em lugares fechados é de 50 mg/929 cm2, assim, amigos, por favor, antes de entrar no carro, abram as janelas e a porta para
que o ar interior saia e disperse esta toxina mortal.
 
O benzeno é líquido, inflamável, incolor e tem um aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência.

           Nelson Camacho D’Magoito
              “Informações uteis” (280)
                         Para todos

                 © Nelson Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fui amente de um prostituto

Fui amente de um prostituto
I Parte
Comecemos por brindar a quem gosta de sexo.
Dizer-se que sou um Santinho no que diz respeito a relações sexuais estaria aqui a mentir.
Já estou na era dos “cotas” mas já vivi bastante em termos da sexualidade não me considero Gay, Heterossexual, nem bissexual, mas um Flêt que na sua tradução mais usual, “Um amante do sexo” aproveitando todas as oportunidades que se me deparam. Nunca me tinham pago um favor com sexo e muito menos vindo de um prostituto.
O meu pai dizia quando se falava de sexualidade “ Olha filho tudo o que vem à rede é peixe” e como sou bem-mandado assim que comecei as minhas experiências sexuais, não escolhia muito, um homossexual ou uma prostituta o que sempre quis foi ter prazer nas relações sexuais e ser feliz.

Tinha acabado de jantar e preparava-me para o café quando o telefone tuco. Atendi e de lá perguntavam:
- És tu Nelson?
- Sim!.. Sou eu!.. E dai quem fala?
- É o Pedro do Tramps… Lembras-te?
- Mas é claro que me lembro. Então. Como vais?
- Estou perto da tua casa e gostava de te visitar. Posso? Está sozinho?
- Estou só e podes vir mas a que propósito? Só para me visitares?
- Sabes?.. Sou de boas contas e queria pagar-te um favor.
- Podes vir à vontade e aproveitas para tomar café que é o que ia fazer. – Desligamos os telefones –
Depois de desligar fiquei um pouco confuso: - O que é que aquele tipo me queria pagar? Não me lembro de lhe ter emprestado algum e dirigi-me ao bar que tenho na sala para tomar o tal café acompanhado de uma aguardente velha como á hábito. Entretanto tocaram à porta. Fui ver quem era pelo videoporteiro e lá estava ele. Enquanto descia as escadas ia-me lembrando do que se tinha passado no tal encontro num Bar de Lisboa.

Um Mês antes - Um prostituto de Bares

Foi numa sexta-feira à noite que não sabendo bem o que fazer meti-me no carro com a ideia de simplesmente sem destino dar uma volta. Quando dei por mim, estava na IC19 caminho a Lisboa, entrei pela zona de Camo de Ourique e acabei por parar na rua da Imprensa Nacional. Consegui um lugar para o carro e quando dei por mim estava à porta do Trumps.
Pedi um sumo de laranja com duas pedras de gelo e dei uma volta pelo espaço mirando os frequentadores que por ser sexta-feira não estava muito cheio. Eu sei que já estou entrando na casa dos “Cotas” mas sou um tipo bastante apresentável e ainda desejado. Como actualmente não sou muito frequentador deste tipo de bares, também já não sou conhecido, resultado. Todo o mundo olhava para mim. Senti-me um pouco incomodado e fui sentar-me a um balcão. A música saia estridentemente das colunas e ainda por cima com temas que não são lá de muito meu agrado. Quando vou a um Bar, gosto mais de musica calma e baixa para poder conversar sem gritar. Também não alinho nem nunca alinhei naquelas danças histéricas que me fazem lembraram os batuques em Africa. A dança para mim tem de ser agarradinho a uma mulher que também saiba dançar para podermos dar uns pezinhos como nos “Alunos da Apolo” quando falo nisto com alguns amigos - que normalmente são jovens – Dizem em termos de graça “Estás mesmo Cota” mas não me importo de ser assim.
Já estava um pouco farto de tanta música aos berros e de ver uns gajos sentados em sofás aos beijinhos.
 Não sou contra os que se andam beijando em publico nem inveja, por vezes também faço o mesmo mas naquela noite estava só, chateado e sem ninguém quem me agarrasse e não o iria fazer ao primeiro que me aparecesse.
Estava envolto nos meus pensamentos quando alguém me perguntava:
- Então!.. Hoje é noite de sumo de laranja?
Olhei pelo canto do olho e lá estava um jovem, que não teria mais de vinte anos, de camisa branca toda aberta, por onde se vislumbrava uns bíceps bastantes trabalhados e uns mamilos salientes para um homem, cabelos louros compridos e descaídos pela costas. – Mesmo com aquela luz difusa consegui ver tudo aquilo e uns lhos azuis brilhantes – A parte que mostrava do corpo dava a entender que fazia praia.
  Virei-me para ele para o analisar melhor e deu-me a entender ser um tipo correto e não drogado então, respondi:

- Nunca ouviste dizer que quem “Conduz não bebe?”
- Mas não é preciso conduzires para nos tornarmos amigos!
Ora ali estava o verdadeiro engate de Bar e de ocasião. E perguntei:
- Se não conduzir não podemos sair daqui, e se não podemos sair daqui também não estou a ver como nos podemos tornar amigos.
- Essa tem muita graça. Não me digas que o pessoal que anda ai pelos cantos se beijando estão a pensar nisso? És novo por aqui?
- Nem ou novo por aqui nem ando beijando pelos cantos com o primeiro que conheço.
- Desculpa mas esta é a forma que tenho para engatar. Não leve a mal. Hoje ainda não me estriei e estou a entrar em paranóia e achei-te bastante simpático.  
- Desculpa mas essa atitude é a de puta de cabaret.
- Não sou puta mas estou pronto a todas as situações sexuais e ganho a vida como prostituto.

Há muito que um rapaz não se declarava assim sem preconceitos. Devia julgar que estava ali para o engate como cliente e com uma carteira recheada para pagar o serviço. Acontece que nunca paguei para ter relações sexuais e não seria agora e respondi:

- Olha filho para cá vens de carrinho, mas posso pagar-te uma bebida e indicar-te uns gajos casados que se servem de prostitutos e pagam bem.
- Não me digas que também te prostituis?
- Achas que tenho cara e idade para isso? Não digo não a uma boa foda mas nunca paguei nem recebi assim como não vou para acama com cota como eu.
- Desculpa não te quis ofender mas como te achei interessante, sozinho e de bom aspecto meti-me contigo.

Como queria ver até que ponto aquilo iria dar pedi desculpa e disse que ia à casa de banho.
Já tinha feito a minha mija quando a porta se abriu e entrou o tal rapaz que se colocou a meu lado olhando-me o sexo e perguntou se podia mexer.
Olhei em volta e como não estava mais ninguém virei-me para ele e respondi: - Há vontade.
Mal tinha acabado de o autorizar a tocar-me, logo me agarrou no meu instrumento de trabalho sexual que de murcho, começou a inchar todo satisfeito pelo calor daquela mão que começou a fazer-me uma punheta.

- Tens uma piroca respeitosa e com vontade de ser mamado. Posso? – Voltou a perguntar o rapaz.
- Aqui? Assim sem mais nem menos? E se entra alguém?
- Que não seja por isso! Entramos na cabina lá do fundo que é própria para a malta.
- Então vamos!.. – repondi.

O moço continuando a agarra-me no pirilau como se fosse num braço encaminhou-me para o tal privado que nem sabia existir naquela zona. Depois de fechar a porta começou logo acariciando-me as faces até juntar um pouco periclitante os seus lábios aos meus que aceitaram de bom grado pois o puto sabia o que estava a fazer e eu já estava a gozar e começamos com uma troca de salivas. Afastou-me a camisa desapertou-me as calças que caíram e foi descendo lentamente desde meus lábios passando pelos mamilos que sugou durante alguns instantes. Depois foi descendo até ficar de joelhos e afastando os meus boxers passando a passar sua língua pela cabeça do meu pénis já molhada redopiou a glande até meter na sua boca quente onde se movimentava num vai e vem gostoso ao mesmo tempo que me massajava os testículos. Aquele chavalo não parava de me surpreender com a sua atitude pois continuava a movimentar sua boca num vai e vem constante e ritmado. Louco com tudo aquilo segurei-lhe na cabeça e ajudei-o nessa movimentação com mais força até sentir o orgasmo eminente. Ele ritmou ainda mais e foi o fim. Os meus espermatozóides saíram compulsivamente dentro daquela boca gostosa. Tremi de gozo e acabei por me sentar num banquinho que havia por ali. Olhei para baixo e lá estava ele punhetando-se ao mesmo tempo que sorvia todo o líquido que tinha recebido naquela boca. Estremeceu um pouco e vi sair do seu pénis milhões de esperma que se iam depositar no chão.
De volta à pista de dança

Voltamos ao salão e em vez de irmos para o balcão sentamo-nos num dos maples na zona mais escura e voltamos à conversa como nada nos tivesse acontecido.

- Gostas-te? - Perguntou o puto
- Dizer que gostei é pouco! Adorei… E mais ainda porque não esperava.
- Eu também não mas precisava de me vir com alguém que me atraísse e calhaste tu.
- O melhor é apresentarmo-nos!.. Eu chamo-me Nelson e tu? Como te chamas?
- Sou o Pedro. Que idade tens e o que é que fazes além de foderes bem? E teres um caralho gostoso?
- Actualmente, sou escritor. Quanto ao ter um caralho saboroso e trabalhador, é a experiência. Quanto à idade, tenho a que me querem dar.
- Tá bem… Ficamos assim… Quanto à minha profissão, sou empregado de mesa e actualmente dedico-me também à prostituição para ganhar mais uns trocos.
- Epá!.. Tenho pena… mas por mim como já disse não pago para foder nem tenho vida para isso.
- Mas ainda não te pedi nada. – retorqui Pedro.
- Então porque fizeste isto para além de me achares interessante?
- Sabes uma coisa? Nós que nos dedicamos à prostituição nem sempre vamos com pessoas interessantes ou de que gostamos ou sentimos prazer. É sempre pelo dinheiro. Algumas vezes até com algum sacrifício porque quem tem dinheiro para pagar e normalmente são tipos casados que não se satisfazem em casa e procuram a gente para as suas loucuras sexuais.
 - E és sempre assim passivo?
- Não!... Normalmente, sou activo. É preciso sentir algo pela pessoa para ser passivo ou pagarem-me muito bem.
- E não tens nenhum amante ou namorado certo?
- E tu!.. É casado?
- Não!.. Já fui. Actualmente, sou divorciado e bom rapaz.
Ambos nos rimos e Pedro ao sentir uma das minhas mãos apertar-lhe uma das pernas comentou:
- Deve ser mesmo bom tipo. Tratas-me com carinho e isso é o que me faz falta.

Entretanto as luzes foram-se baixando, e as cortinas do palco foram-se abrindo começando o espectáculo de travesti.
Já no carro

Quando acabou o espectáculo, saímos sem muita mais conversa. Foi quando soube que o Pedro também tinha carro e por coincidência perto do meu.
- Queres entrar? É só para te dar o meu cartão e acabarmos a nossa conversa. – disse o Pedro.
- Tá bem”… mas por favor, não me tentes novamente. Não só este local é perigoso como uma sem mais nada pelo meio e numa noite já chega. – Comentei…
- Está descansado que não te vou fazer vir mais esta noite.

Já era a terceira vez naquele noite que o Pedro nos fazia rir e entramos no carro dele. A primeira coisa que fez foi dar-me um cartão com o número de telefone, e-mail e o nome do restaurante onda trabalhava, que retorqui com o meu que até tinha a morada.

- Disseste no princípio da nossa conversa que tinha uns amigos que pagavam para terem sexo com rapazes. É verdade?
- Mas claro!.. Sou capaz de te conseguir pelo menos um por semana. São gajos casados com dinheiro e que fazem as suas escapadelas com rapazes. O que fazem sexualmente, não sei nem me interessa, mas que é boa gente, honesta e sigilosa isso é verdade! Sei não porque tenha tido alguma coisa com eles mas porque são meus amigos e desabafam as suas aventuras já que sabem que não divulgo seja o que for dos meus amigos. Há pelo menos dois que até sou visita de suas casas e amigo das famílias.

- Era isso mesmo que precisava nesta altura de crise. Quanto ao sigilo está descansado, pois também não gosto que se saiba do que faço. Seria uma bronca lá no emprego e com a família.
- Também se soubesse que havia algum problema com algum dos meus amigos estavas lixado.
- Achas que tenho aspecto de bandido?
- Se achasse… não estávamos com esta conversa nem tínhamos iniciado este nosso relacionamento.
- Quer dizer que me vais apresentar alguns desses amigos?
- É só uma questão de lhes telefonar e dizer-lhes: “Que me dizes apresentar-te um jovem com quem podes curtir sem problemas?” Se concordarem e fornecer-lhes mais pormenores, dou-lhes o teu número de telefone e depois o resto é contigo.
- Há uma coisa que quero que saibas. Ninguém vai a minha casa nem vou a pensões rascas. Normalmente, vou a casa deles ou a um hotel já conhecido e que são de uma descrição total. Já lá tenho levado políticos e nunca houve problemas.
- Quer dizer!... És um prostituto fino……

Pedro riu-se… Com uma mão colocou-a em minha perna e com a outra segurou-me no queixo numa atitude de quem me vai beijar e segredou-me.

- Ainda vais ver quanto fino sou.
- Vamos mas é embora. Quando te telefonarem e disserem que é amigo no Nelson, já sabes que é meu recomendado.
- E tu não me vais telefonar? Gostava de estar contigo novamente.
- Pois. Pois… Logo se vê. Por agora já são quatro da manhã e o melhor é irmos para casa.
- Cada um para a sua!... é isso?

Ficámos por ali com a nossa conversa, abri a porta e sai sem antes ser eu a beija-lo como despedida.

II Capitulo
Depois de ter reconhecido e me lembrado onde tinha conhecido o Pedro enquanto ia descendo as escada abri a porta.
Era mesmo ele. Moço de cabelos louros e compridos descendo para além do pescoço, olhos azuis brilhantes e como da primeira vez de camisa branca com os primeiros botões abertos por onde se vislumbrava uma tês queimada pelo sol da praia e uns bíceps trabalhados.
- Olá… - disse ele – Ainda se lembras de mim?
- Como me poderia esquecer?
- Então porque nunca me telefonaste?
- Disse-te na altura se bem me lembro que nunca tinha pago para ter sexo. Mas entra… Não vamos ficar aqui à porta a falar.
Pedro entrou e continuou:
- Tenho por hábito nunca deixar de pagar as minha dívidas.
- Mas tu não me deves seja o que for 
- Isso é o que tu pensas.
Entretanto já estávamos no salão onde tenho um bar com a máquina de café e algumas bebidas e convidei-o a sentar-se.
- Estava mesmo agora a tomar o meu café depois do jantar. Queres um?
- Pode ser!
- Queres acompanhado com uma bebia? Por exemplo um Whisky? Com ou sem gelo.
- Pode ser um Whisky mas sem gelo. Não gosto de misturas e ia estragar o gelo – respondeu o Pedro com ar de sacaninha.
- Não gostas de misturas?
- Só quando me obrigam.
- E quais são as situações que te obrigam a fazeres misturas?
- Por exemplo: um dos teus amigos que me indicas-te é mais puta que eu. A primeira vez que estive com ele tive de me armar em machão e comi-o de todas as maneiras e feitios.
- E ele gostou?
- Mais que gostou e pagou bem. Depois como a mulher e os filhos iam para o Algarve no fim-de-semana convidou-me a ir lá passar em casa esses dias mas com a condição de estar presente mais um amigo dele.
- E tu foste… Claro.
- Mas é claro que fui não sem antes dizer-lhe que essa coisa de “menage à trois” era muito mais caro pois certamente tinha de fazer outras coisas que não tinha feito com ele. Ao qual ele respondeu não haver problemas pois o amigo também fazia o papel de passivo. Quanto ao dinheiro não havia problemas pois o que ele queria era ser comido e não gosta de bixas.
- Então foi um fim-de-semana em grande.
- Foi mais que grande. Grande na massa e grande na minha parte sexual que não consegui fazer um broxe. Os gajos são mais bixas que eu. Fartaram-se me mamar e mamarem-se mutuamente. Até foram ao cú uns dos outros. Numa altura tentei ficar no meio para também levar com um daqueles caralhos mas eles não quiseram e desisti antes que perdesse o negócio. Como vez não gosto de misturas. Sabes que eram os gajos?
- Não nem quero saber, mas calculo mas também não tenho nada com isso. Cada um que se governa à sua maneira e como puder.
- É por seres assim é que gostei de ti e a minha vinda cá é para te pagar o teres apresentado aquele tarados.
- Epá!... Deves estar enganado. Primeiro não sou nenhuma agência de encontros e não quero nenhuma comissão do que ganhaste. Ainda bem que foi pelo menos monetariamente bom para ti.
Esta conversa estava-se passando connosco sentados no mesmo maple e já bebidos com dois Whiskies 
Pedro olhou para mim olhos nos olhos e para pasmo meu atirou:
- Mas não te venho pagar com dinheiro pois não deves precisar mas com sexo que ao que me deu a perceber, anda um pouco falho por essas bandas, além disso, depois de ter conhecido tantos gajos fiquei apaixonado por ti.
À medida que Pedro ia dando estas explicações das quais estava a ficar atónito e porque estamos juntos no maple ele encostou-se mais a mim mirrou-me nos olhos e disse:
- Desta vez não te vou pedir autorização como fiz lá no bar.
Com as duas mãos utilizando uma para me apalpar o sexo e a outra para me abrir a braguilha ao mesmo tempo que me segredava:
- Não acreditas que estou apaixonado por ti?
  Adivinhando o que iria acontecer refastelei-me no maple para ele poder trabalhar à vontade e foi o que fez.
Depois de me puxar as calças para baixo em conjunto com os Shorts, mais uma vez se ajoelhou a meus pés e segurando na minha piroca que se começou a levantar, mais uma vez senti aqueles lábios ainda fechados beijarem a cabeça do meu sexo, depois foi a vez de ser eu a fazer um pouco de pressão contra os mesmos que se foram abrindo muito devagar até que meu pénis penetrou naquela boca gostosa ao mesmo tempo que sentia os lábios apertarem todo o seu corpo. Depois foi um vai e vem ritmado até estremecermos os dois pois estávamos a sentir o principio do orgasmo final.
Nesse instante Pedro abriu a boca e tirou o meu pénis da boca.
Segurei-lhe na cabeça e pedi:
- Não pares!...
- Tenho de parar. Estamo-nos quase a vir.
- Deixa-me vir na tua boca.
Pedro agarrando o meu pénis já fora da boca comentou:
- Desejo-o mas quero estar contigo de outra forma. Mais tarde podemos faze-lo. A Noite é nossa e se te vens agora depois fico de gatas.
Fiquei paralisado. Esperava que a coisa fica-se por ali mas não! Ele oferecia-se para passar a noite. Ao pensar que a quele momento nada mais fosse que uma rapidinha. Afinal de contas aquele trabalhador do sexo oferecia-se para ser meu amante.
- Se assim o pretendes vamos comemorar com uma bebida mais digne.
O Gajo, puta que se fartava beijou a cabeça do meu pénis que ainda estava em posição de alerta e comentou com um sorriso nos lábios virado para ele:
- Desculpa mas tens de esperar….
Achei graça e acabei por me despir todo e encaminhei-me para o bar onde tomei uma garrafa de Espumante e duas taças que estava num frapê com gelo como é normal em minha casa para ocasiões especiais e esta era uma delas.
Pedro enquanto percorria aquele espaço comentou olhando-me todo:
- Não estás nada mal para como dizes seres um “cota” Afinal de contas que idade tens?
- Podes-te despir também… - O que ele fês prontamente. 
Entreguei-lhe as duas taças e eu segurei na garrafa com uma mão e com a outra coloquei-a na sua cintura e encaminhei-o casa fora para o quarto.
Ali chegados colocamos a garrafa e as taças na mesa-de-cabeceira e Pedro ao ver que havia um poliban no quarto, pediu se podia tomar um duche. E sem mais-aquelas dirigiu-se ao mesmo e lá foi refrescar-se. Afinal de contas parecia que tinha encontrado alguém com quem iria partilhar algum tempo. Rapaz lindo, honesto, e higiénico, oque raro encontrar. Normalmente querem foder e mais nada.
Estava naqueles pensamentos quando ele saiu do chuveiro e perguntou se não ia também refrescar-me. É óbvio que me levantei da cama onde estava deitado envolto nos meus pensamentos e dirigi-me ao chuveiro.
Aquela água quente percorreu-me todo o corpo. Lavei tudo muito bem lavado e saí.
Pedro já tinha aberto a garrafa e enchido as taças. Estava deitado com uma das taças em cima da sua barriga. Mais uma vez olhou-me de alto-a-baixo e voltou a comentar:
- Estás mesmo em forma.
Todo o meu ego saltou cá para fora com tal piropo e deitei-me a seu lado.
Apoiando-me num cotovelo olhei-o bem e estudava-o. Estava de costas, com a cabeça recostada na almofada e a taça em equilíbrio na barriga. Contraia os músculos e o champanhe revolteava lá dentro borbulhando e saindo algumas gotas para os seus bíceps indo algumas parar no seu umbigo.
- Dá-me a ideia que tens um misturador de cocktails dentro de ti – comentei.
- E por onde queres beber? Por esta taça ou pela tua?
Com aquele convite nem procurei a minha taça. Virei.me mais um pouco continuando a fazer força num dos cotovelos e comecei por ir bebericar na taça que continuava a saltar a espuma para fora pelo canto do olho olhei para as gotas que se espalhavam naquele corpo e de repente penei “Porra estou a apaixonar-me por este Gajo”. Deixei a taça e comecei a sorver aquelas gotas que se espalhavam por aquele corpo bronzeado até bebericar com a ajuda da língua o que tinha escorregado para o umbigo, que parecia um lago de borbulhinhas. Com algumas gotas daquele liquido na boca elevei-me e fui deposita-las na boca do puto que sorveu rapidamente ao mesmo tempo que nossas línguas se juntaram como uma só em nossas bocas. Pedro estremecia de prazer e meu pau que atá ali estava a meia-haste começou a inchar e ficar cada vez mais hirto. Deitei-me em cima dele e nossos pénis também começaram a brincar.
Foi na vez de ele abrir as pernas e na posição de missionário recostar-se um pouco para cima e segurando o meu pénis apontou-o até ao seu ânus. Primeiro foi a cabeça que redopiou aquela entrada até entrar por ali fora sem pedir licença começando num vai e vem constante. Pedro gemia e eu, gania. Então num momento de loucura e acrobacia curvei-me e fui até ao pénis dele que ainda estava um pouco flácido e meti-o na boca. Ambos nos movimentámos sofregamente. O pénis dele aumentou de repente e mesmo com aquela acrobacia que em termos normais seria um pouco doloroso, viemo-nos ao mesmo tempo tendo cada um recebido aqueles milhões de gentis esperma pois não usámos preservativos tal foi a sossa loucura.
Consegui endireitar-me com uma pequena dor das costas. – mas tudo valia para tal prazer- e nos encostamos peito a peito beijando-nos ao mesmo tempo que nos íamos acariciando com as chamadas “festinhas de gato”. Pedro segredou-me:
- Nunca tinha apanhado um Gajo como tu. És mesmo fantástico.
- Achas?  , Se te conseguir outros clientes tencionas sempre compensar-me assim? – Perguntei depois de pensar uns momentos.
- Já te disse que em princípio a minha ideia era pagar um favor e não cobro favores.
- E então agora?
- Agora estou lixado!.. Já me perguntaste se tinha namorado. Efectivamente até hoje não tina namorado ou amante. Queres ser o meu confidente e amante? Em termos de amor serei só teu quanto há minha profissão de prostituto é difícil acabar por questões económicas.
Perante tal oferta e porque efectivamente sentia por ele aquele clique que raras vezes me acontecia e quando acontecia durava anos depois de pensar nos prós e contras beijei-o e com o meu melhor sorriso coloquei as minhas condições:
   - Vai ser um pouco difícil porque sou muito ciumento mas se com os outros tiveres cuidado e usares sempre a camisinha, tudo bem. Connosco será outra coisa.
Depois da minha aceitação Pedro levantou-se e foi direito ao chuveiro dizendo – Já venho.

Fiquei deitado olhando através do vidro esfumado aquele corpo que me tinha dado tanto tesão e já rinha sentido o clik das pessoas apaixonadas o que seria uma chatice pois tinha saído de uma relação de anos e não estava disposto a ter outro relacionamento e ainda por cima o Gajo era prostituto. Embora não tenha nada contra gostando de uma vida saudável e aquela profissão não era lá muito aconselhável mas também como diz o poeta “O Amor não tem idade e é sego” aquele puto fazia-me voltar à minha juventude. Entretanto enchi as novamente as duas taças de champanhe ficando uma na mesa-de-cabeceira e a outra na mão que beberiquei um pouco. Nesse preciso momento Pedro saiu do poliban sem qualquer toalha a cobri-lo e reparei nos pequenos testículos encimados pelo sexo pendente. Só naquele momento é que reparei que o seu instrumento não seria grande e fiquei com vontade de o comer.
Quando se aproximou. Estendeu-lhe uma taça. Sem dar tempo a que se deita-se a meu lado, ele deu uma risada pegando-lhe no pénis agora flácido, mergulhei-o no champanhe.
- Céus! – Exclamou ele - Está frio! Sem tirar o pénis da taça perguntou: E agora és capas de beber?
Eu devia estar louco e não só bebi todo o líquido de uma assentada como chupei auele pénis flácido que começou a inchar na minha boca.
- Pedro estremeceu e pediu: - Não pares.
Mas parei e respondi:
- Aguenta-te que é a minha vez de tomar um duche. – e lá fui.
Quando voltei Pedro estava deitado de lado. Olhei-o fixamente e fiquei numa de deitar-me a traz ou à frente. Um dilema que resolvi rapidamente quando reparei que o pénis dele estava a meia-haste e então resolvi deitar-me à frente de conchinha e de rabo encostado ao seu mastro. Ele ajeitou-se e veio com uma mão mexer no meu em termos de brincadeira. Fis pressão para ficar mais encostado e pedi-lhe.
- Aperta com mais força.
Ele apertou, começou a punhetar-me e comecei a sentir o seu pau a aumentar de volume. Ambos nos ajeitámos e sem qualquer auxílio senti a cabecita do seu caralho começar a penetrar-me. Ajudei abrindo um pouco as pernas e ele sem deixar de me masturbar acabou por enfiar todo no meu cú que latejava de prazer. Primeiro num vai e vem lento até que começando a guinchar um pouco a movimentação foi aumentando assim como aumentava a sua punheta. Ambos demos gritos de prazer e nos viemos ao mesmo tempo.
Porra!... Já tinha sido demais. Naquela noite já nos tínhamos vindo três vezes.
Acabamos depois de nos beija-mos e ele dizer:
- Nunca pensei ter um amante como tu.
- Gostaste da parte final?
- Da parte final.. Da inicial. Da do meio, de tudo Nunca tinha encontrado um tipo como tu. És o tipo mais completo com quem já curti.
- Quer dizer que é para sempre….
- Crê que de mim não te vais livrar tão cedo.
Com aquela troca de galhardetes e alguns carinhos pelo meio, acabamos por adormecer.

Fim
Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção
           Nelson Camacho D’Magoito           
                “Contos ao sabor da imaginação”
                        Para maiores de 18 anos

                            © Nelson Camacho
      2015 (ao abrigo do código do direito de autor)

A vida de um artista

Para quem não sabe... "Os artistas, pertencem àquela classe de gente mais motivadora e empreendedora, abnegada e sofrida à face da terra. Sabem manejar um percalço, ultrapassar um dissabor, levantar a cabeça e seguir em frente depois de uma derrota, melhor que a maioria das pessoas noutras situações, noutras "artes", porque as enfrentam sempre durante toda a sua vida. Todos os dias, os Artistas se confrontam com a sobrevivência, as dificuldades financeiras de viver um estilo de vida independente, e a falta de respeito de outras pessoas, que pensam que eles - os Artistas, os Actores, deveriam ter um trabalho mais "sério", como se representar não fosse por si só, um acto de enorme seriedade e, responsabilidade. Para além, do medo natural de num futuro próximo, não terem trabalho. Mas os Artistas, são pessoas de coragem, que sabem enfrentar o medo e o risco.
Todos os dias, têm que pensar por alto, a possibilidade de que o objectivo a que dedicaram as suas vidas, poderá ser só um sonho. Com cada projecto no papel, a empurrar os seus limites, emocionais e físicos, com o risco de uma crítica ou julgamento injusto, mas que terão de ser aceites porque referem a opinião de outrem... e respeitam o público. E quando têm de fazer rir, com mais vontade de chorar... Muitos deles, a verem outras pessoas da sua idade a conquistar louros sem esforços, previstos para uma vida cómoda e "normal" - o carro, a família, o lar, umas férias... 
Como? Se os artistas estão dispostos a dar as suas vidas por um momento único - num verso, numa gargalhada, que provocam esse gesto de aplauso e sacodem a alma da audiência.
Os Artistas, são seres habituados a provar o néctar da vida naquele momento de cristal, quando derramam o seu espírito criativo e tocam no coração de quem os escuta e vê. Nesse momento, eles estão mais perto da magia de Deus e da perfeição, que qualquer outro poderia imaginar. E nos seus corações, sabem que a Arte a que se dedicam, nesse momento vale mais do que mil vidas".
DR- Nelson Camacho

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Até quando homofóbico

Homofóbico?.. Até quando?...

I Capitulo

Naquele dia de chuva e temporal embora tanto na rádio como na televisão houvesse aviso permanente para se possível não se sair de casa derivado ao frio e temporal que tinha assolado todo o pais, deu-me na mona – normalmente não faço nada o que me aconselham – Resolvi vestir-me o mais agasalhado possível meter-me no carro e depois de ligar o aquecimento fui até às arribas cá da praia.

Depois de lá chegar fui com o carro até ao local mais alto para ver a ondulação que bastante perigosa e a chuva que não parava de cair. O espectáculo era algo soberbo. Fechei todas as janelas e por ali fiquei também ouvindo um pouco de música, Não fora o vento forte que fazia abanar o carro, estaria por ali mais tempo mas não. Resolvi acoitar-me na esplanada que sendo fechada e com aquecimento central sempre estaria melhor.
Assim que cheguei fui cumprimentado por todos os empregados e principalmente pelo meu amigo “intimo“ Carlos. Como já tenho contado por aqui, o Carlos, para além de ser empregado daquele espaço e porque um dia aconteceu criarmos uma amizade mais intima, somos mesmo amigos, não damos nas vistas do nosso afér e muitas vezes faz da minha a sua casa. Não temos nenhum contracto de fidelidade e somos felizes assim. Cada um dá a si sexualmente o que quer ou o que pode.

- És mesmo maluco, com este temporal saíste de casa – comentou o Carlos -.
- Tinha saudades tuas e vim ver se estavas de serviço. - menti…
- Infelizmente, tive de vir trabalhar. És um tretas do caraças. E os telemóveis servem para quê? Se tivesses tantas saudades tinhas telefonado. Andas mas é há procura de passarinho novo. Quem não te conheça não te leva preso. Hoje não te safas, ficou tudo em casa. Mas perdoou-te pela mentirinha. Vou buscar-te o café.

Depois daquele comentário, Carlos afastou-se e lá foi buscar o café não sem antes quando se afastou com o rabo dar uma sacudidela na cadeira onde estava sentado, e saiu a rir.

Eu estava sentado mesmo encostado aos janelões por onde entrava alguns raios de sol e se via o ondular do mar e suas altas ondas. Nem me apercebi que ao meu lado se tinham sentado duas raparigas e um rapaz. Abriram o computador portátil e lá estavam entretidos com algo que os faziam rir.
Entretanto chegou o Carlos com o café e um pastel de nata… como era hábito e comentou baixinho:

- Com este não te safas. O gajo tem a mania que come as miúdas todas e é um homofóbico dos caraças… até mete raiva.
- É teu amigo? Já o tentaste?
- És parvo?.. Eu só vou contigo mas conheço o gajo de um bar em Sintra.

Com aquela dica, não só fiquei em alerta mas com mais atenção sobre o moço.

Segundo vim a saber mais tarde o tal moço, era estudante, tinha dezanove anos, vivia em Sintra, era filho de gente rica preconceituosa e chamava-se Luís. A sua aparência era de facto de mais um menino bem, de olhos azuis, cabelo alourado, bem tratado e um pouco comprido indo o seu términos cair sobre a gola de um casacão preto. Mirei-o mais quanto podia e notei que as calças eram de fazenda e os sapatos, contrariamente ao que a malta usa, não eram ténis mas sim sapatos de pelica.

A certa altura continuando os três em galhofa pegada frente ao computador e encontrando-se ele virado para mim e olhando-me nos olhos peguei o pastel de nata e ao contrário de toda a gente, que o mastiga, meti a língua no seu recheio fixando-o ainda mais. Ele pestanejou. Fixou-me mais atentamente e de repente desviou o olhar como comprometido e eu continuei com a língua dentro do pastel de nata.

Estava dado o primeiro passo para o que viria a seguir.
Lá de longe, o Carlos ao mesmo tempo que ia servindo os poucos clientes que havia, não tirava os olhos de mim adivinhando o que iria acontecer e de vez em quando abanava a cabeça como quem me queria dizer que não iria ter sorte alguma mas ele enganava-se pois eu adora um homofóbico jovem. É que normalmente eles não o são, têm é uma situação de sexualidade mal resolvida.
Depois do meu linguajar no pastel de nata e do desvio apressado do olhar do Luís, fiquei mais atento à conversa que aquelas almas iam tendo que lhes faziam tanto riso, até que constatei que eles estavam a ver um sitio porno. É que uma delas comentava:

- Epá… Já viste que o gajo aguenta-se com duas?
- Gostava de experimentar um gajo assim com tanta tesão… – dizia a outra…
- Olha agora chegou outro gajo para ajudar à festa.
- Epá… O gajo não veio ajudar o outro, veio chupar o pirilau do amigo.
- Porra…. Desliguem lá essa marda. Afinal de contas isso é um vídeo de lésbicas e paneleiros – Comentou o Luís ao mesmo tempo que fechava o computador.
- É mesmo homofóbico! – Comentou uma delas.
- Nada disso!... Cada um leva naquilo que é seu. Desde que não sobre para mim.
- Tu tens é inveja. Já estivemos os três na cama e não deste conta do recado.
- Mas vocês as duas gozaram…
- Sim… Mas não tiveste tesão para as duas.

Aquela conversa que embora em tom audível me chegasse aos ouvidos bastante fraco, não deixei de constatar que elas se tinham governado as duas como lésbicas e o gajo como homofóbico não tinha chegado para as duas. Levantei-me e fui à casa de banho. Já tinha feito o meu xixi da ordem e estava a lavar as mãos quando o Luís entrou, então armei-me em descarado e estando ele a meu lado também a lavar as mãos comentei:

- Epá!.. Estás muito bem acompanhado, mas sem querer ouvi as vossas conversas e vi que és um sortudo dos caraças e já foste com as duas para a cama. Elas são lésbicas?
- Parece que sim!... Uma delas não me deixou come-la.
- Não foi isso que ouvi!... Uma delas disse que não aguentas-te com as duas.
- Se calhar você também não se aguentada se estivesse na cama com elas a verem um filme pornográfico entre homens.
- E qual é o mal? A predilecção das lésbicas é foderem entre elas ao mesmo tempo que estão a ver dois homens também a foderem-se.
- E não acha que isso é anti natura?
- Anti natura? Porquê? Não estão a gozar?
- Desculpe!.. Você é mais velho, mas não me dá lições de mural.
- Epá desculpa… Estar a meter-me contigo. Não quero ofender ninguém, dar lições de mural ou ter ouvido a vossa conversa, mas talvez por ser mais velho te possa explicar melhor o que são relações sexuais entre pares. Desculpa mais uma vez.

Luís nem respondeu, limpou as mãos a uns toalhetes e pirou-se apressadamente.
Quando sai dos lavabos, passava o Carlos que comentou baixinho:

- Tá visto que já engatas-te este!....

Voltei para a minha mesa e como o sol estava cada vez mais baixo começava a incidir sobre os meus olhos de forma que deixei de ver o triunvirato mas comecei a ouvir uma certa discussão. Não era bem uma discussão alterada mas talvez uma troca de impressões mais assanhada até que uma das raparigas se levantou e disse para o Luís.

- Pois se queres ficar fica que nós vamo-nos embora. – e saíram apressadamente ficando o Luís ali especado e sozinho.

Foi a minha oportunidade de voltar a meter conversa.

- Elas iam mesmo danadas e deixaram-no apeado!...
- Não!.. Não fiquei apeado porque elas vieram num carro e eu vim no meu.

Na altura em que estávamos naquele pequeno diálogo chegou o Carlos e dirigindo-se-me.

- Já acabei o meu turno. Posso tomar um café com vocês? Ao que parece já se conhecem?
- Não!... Estava simplesmente a comentar que este amigo ficou apeado – disse eu.
- Para o Luís já é normal ficar apeado com estas gajas. Ele em vez de arranjar umas gajas normais, anda sempre com lésbicas e quando se zangam, piram-se.
- Quer dizer que já conheces este nosso amigo.
- Sim!... é o Luís e já no encontrámos por ai nos karaokes. Então o melhor é apresentarem-se. Este é o Luís e este é o Nelson.

Foi assim que fiquei a saber o nome do tal tipo e que gostava das cantorias. Aproveitei a oportunidade para meter uma conversa mais a sério, pegando na chávena e indo-me sentar na mesa do tal Luís onde o Carlos também se sentou.

Foi uma conversa interessante começando por lhe perguntar se efectivamente cantava e qual o tipo de canções nunca divulgando que também eu andava ou tinha andado nas cantigas mas quando o tipo disse que gostava das canções do Tony de Matos, mas como era um cantor antigo só tinha um CD dele, o Carlos atalhou logo que estava com sorte pois eu tinha todos os seus CDs e discos de vinil.

- Quer dizer que já és um amigo antigo aqui do Nelson – Comentou o Luís.
- Não só sou somos amigos antigos como conheço muito bem a casa dele e sei que tem uma discoteca que mete inveja a muita gente.
- Epá… Também não é bem assim… Embora tenha entre CDs e vinis antigos para ai um milhar.
- E porque tem tanta musica?..   –perguntou o Luís.
- Aqui o meu amigo Nelson fez rádio, teatro e é cantor.
- Deve ter muitas histórias para contar. Sempre me seduzi pelas vidas dos cantores e actores.
- É uma profissão muito ingrata, trabalhosa e onde se tem muitas invejas, mas também não é bem o que se diz na comunicação social. – atalhei eu.
- Gostava de ouvir algumas histórias.
- Mas isso é simples!.. - comentou o Carlos – Arranjamos um petisco e vamos para casa dele… - e virando-se para mim – Até podemos ir hoje. Só volto ao serviço amanhã às dez horas… Podemos?

Afinal de contas quem estava deserto de fazer aquele encontro a três, era o Carlos. Afinal, já tínhamos prometido um ao outro quando se proporcionasse fazermos um Menage-à-trois, e talvez fosse aquela a ocasião e logo concordei com a ideia.

Como todos tínhamos carro e não valia a pena ir cada um no seu, alvitrei irmos no meu e os outros ficariam por ali.
Pelo caminho o Luís alvitrou passarmos pela churrascaria para comprar um frango e o Carlos compraria o vinho e assim foi. Eu daria o café os conhaques e o resto logo se via.

II Capitulo

A primeira coisa a fazermos quando chegámos, foi o Carlos que já estava habituado à casa, dizer que iria tomar um duche pois estava todo suado do trabalho. O Luís foi mirando muito atentamente as minhas fotografias expostas nas paredes das escadas e outras espalhadas pelo salão e em cima do piano. Parou em frente a uma porta onde tem um cartaz que diz “Non trespass” e comentou:

- Aqui há segredos?

Na mesma altura que fazia a pergunta, saiu de lá o Carlos que tinha desaparecido entre tanto, de robe branco vestido.

Aquela não era a resposta para o Luís mas ficou com uma cara estranha e de admiração e foi a minha vez de satisfazer o seu desejo.

- Não ligues… O Carlos é como se estivesse em sua casa. Normalmente quando aqui vem é assim. Gosta de ir tomar uma duchada e por traz daquela porta é a nossa sala de desenho.
- Sala de desenho?
- Sim!.. É o meu quarto.

O coitado do Luís, nem sabia o que mais lhe dava vontade de perguntar e encaminhei-o para a cozinha onde comecei a prepara a mesa para o nosso frango.

Naquela noite iria haver dois frangos, um propriamente dito e o outro seria o Luís. Mas ele nem adivinhava onde se tinha metido.
A mesa já estava posta e uns copos bebidos quando o Carlos entrou:

- Então já temos frango?

Entretanto já eu me tinha despido e vestido uma t-shirt de alças e uns curtos calções dizendo ao Luís que também se podia por à vontade. É claro que a única coisa que ele fez foi tirar a t-shirt ficando com o tronco nu. Mas que tronco, porra. Agora via-se mesmo toda a sua beleza. Aqueles olhos azuis e brilhantes e os cabelos alourados descaídos sobre as costas queimadas ainda pelo sol do verão passado e os bíceps bem delineados e mamilos salientes, dava a entender ser menino de ginásio. O Carlos olhou-o bem e comentou para mim:

- Afinal o frango está comestível.
- Cá para mim também deve saber bem. - comentei

Luís não se apercebeu do nosso diálogo entre linhas ou estava a fazer-se de parvo.
O frango propriamente dito ainda estava quente, as batatas pala-pala não estavam muito salgadas e o vinho estava fresquinho. Duas garrafas foram bebidas rapidamente. A conversa como seria normal numa ocasião destas foi o mais normal possível. Luís não deixava de querer saber como era a vida artística, inclusive, chegou a querer saber se entre alguns pares, para conseguirem determinados favores não havia homossexualidade. É óbvio que tentei não me debruçar sobre o assunto comentando somente que esse facto não existia somente nessa profissão. Existem gays em todas as profissões tal como existem lésbicas e não deixam de erem homens ou mulheres pelo facto de se entenderem sexualmente uns com os outros.
Estava eu nessas explicações quando o Carlos perguntou-lhe:

- Mas qual é o teu problema? Tens alguma coisa contra a homossexualidade?
- Não é que seja contra, mas não entendo.
- Mas ao que sei, vais para a cama com lésbicas.
- O que elas fazem entre elas é com elas mas sempre são mulheres.
- Epá… retorqui eu – quer dizer que sexo entre mulheres é uma coisa, mas entre homens já é outra?
- Desculpa lá mas os homens fizeram-se para procriar.
- E quem te disse que os gays também não procriam? Sabes que há homens que se movimentam sexualmente entre os dois géneros?
- Podes ter razão mas não entendo
- Isso não será um pouco de homofobia?

Carlos que já há muito se entendia sexualmente comigo, saltou-lhe a tampa:

- Luís… Houve lá uma coisa!... Tu gostas de chuchu?
- Dizem que é um fruto que substitui as batatas mas nunca provei. Creio que não gosto, batatas são batata.
- Se nunca provaste como é que dizes não gostar?

 Carlos mais descarado que eu, enquanto fazia a pergunta e porque estava a seu lado colocou uma das mãos na sua perna e aguardou o resultado ao mesmo tempo que me piscava os olhos.
Luís não teve qualquer reacção e como tal, foi a vez de me meter na conversa e alvitrar irmos tomar café. Levantámo-nos depois da concordância e fomos até ao salão pedindo ao Carlos que tirasse os cafés enquanto eu me dirigi ao piano começando a tocar “De homem para Homem” um fado de Tony de Matos, alterando um pouco a letra.
Luís depois de receber um copo com um conhaque servido pelo Carlos veio até mim e debruçando-se sobre o piano ficou olhando-me

Carlos também de copo na mão foi direito a mim ficando por traz, beijou-me na nuca e deu-me a beber um sorvo do conhaque que tinha na mão.

Luís olhou-nos fixamente com ar de admiração mês nem tugi-o nem mugi-o e Carlos atalhou:

- Este é um fado de dor de corno entre dois homens por causa de uma mulher, mas também podia ser entre dois homens por causa de outro homem. Vez a diferença?

Aquela cena, se não fosse real, podia ter sido de uma de qualquer telenovela.
Pelos meus dedos, pressionando algumas teclas, umas brancas, outras pretas, os martelos foram batendo nas cordas do piano de cauda de onde iam saindo melodias que o Tony de Matos tão bem interpretava, fazendo assim o gosto ao Luís que talvez sonhasse ser aquele cantor que tanto admirava.
O Carlos não deixava de me abraçar mordiscando os meus lóbulos enquanto o Luís com aquele ar de menino confuso e já com uns copos bem bebidos a certa altura pediu:

- Parece que já estou com os copos, Vou encostar-me no sofá. Posso?

Carlos atento… respondeu:

- Porque não te vais deitar um pouco ali dentro? – Apontando para a porta onde dizia “Non trespass”. – ao mesmo tempo que me apertava mais os ombros e me segredava – è a tua vez. Eu vou para o sofá e já lá vou ter.
 Luís pela primeira vez sentiu-se mais à vontade e trespassou a tal porta. De imediato porque assim é sempre, começou a tocar uma melodia em piano “Elvira Madigan” de Mozart ao mesmo tempo que alguns projectores de luz fraca se acenderam dirigidos à cama. Foi quando ele viu que afinal a “sala de desenho” nada mais era que um quarto de paredes negras e no tecto sobre a cama, em vez de candeeiro ou projectores havia um espelho. Tal como estava, deitou-se, curtindo a pequena bebedeira e o seu corpo reflectido no tal espelho. Aquele ambiente e de novidade para o primeiro a entrar ali, fê-lo sonhar não se sabe o quê.
Quando a porta se fechou perguntei ao Carlos porque não tinha ido com ele.

- Epá… O tipo tem demostrado não saber o que quer e tu é que és o exespert para estas coisas, ou já te esqueceste como me convenceste da primeira vez?
- Não tens gostado?
- Prometeste um dia que havíamos de ir para a cama a três. Hoje vais pagar a promessa.
- Vamos ver o que consigo fazer.
- Cá para mim não vai ter grandes dificuldades, o gajo é giro e tu sabes a toda e também estás deserto de comer o puto. Eu fico por aqui mais um tempo.
- Sim… Mas não te enfrasques.
- Não… Vou ligar o vídeo e ver um filme porno.
- Podes ver o filme mas não te masturbes. Depois de entrar dá-me pelo menos meia hora.

Entretanto fui arrumar a loiça, beber mais um copo para fazer tempo.

Despi a t-shirt, mudei de calções para umas boxers e entrei no quarto uma hora depois.

Quando entrei no quarto Luís já estava acordado e lendo um revista das que normalmente existem na mesa-de-cabeceira. Fiquei descansado, seria difícil entrar a matar pois podia ser mal recebido e entrei da forma mais simples. Ele como estava em tronco nu mas ainda de calças vestidas fiz-me parvo e comentei:

- Sabes que faz mal-estar-se vestido em cima da cama?
- Ainda não tinha dado por isso. Desculpa…

Então enquanto me metia entre os lençóis tapando-o também a ele perguntei:

- Estás a curtir essas revistas?
- Tem umas gajas boas.
- E os gajos não são musculados como tu?
- Sim, são musculados como eu, se calhar também fazem ginásio, mas eu não faço o que eles fazem.
- E o que é que eles fazem que tu não fazes?
- Epá… Além de fuderem as gajas também se beijam.
- E tu não eras capaz de beijar um gajo?
- Mas eu não sou maricas.
- E estas fotos não te fazem tesão? Deixa lá ver como está isso.

Adivinhando que ele estava já cheio de rebarba, fui apalpar-lhe o pirilau, mesmo por cimas das calças, mas porra!.. Não era um pirilau qualquer. Era um caralhão digno de nota. Então para sentir melhor aquela coisa, meti a mão dentro das calças. Não era bem um caralho de preto mas era comprido de tal forma que encheu logo a minha mão ficando a cabeça de fora.
Luís estava tão entusiasmado com a leitura que nem Túcio nem mugiu, e continuei masturbando-o primeiro devagar, e como não obtive resposta de contrafeito, continuei com mais força e quando senti que ele se movimentava lentamente como a gozar, tirei-lhe as calças e os meu boxers e nossos corpos foram-se juntando. Continuando a masturba-lo e segurando numa das suas mãos levei-a a masturbar-me também.
A reacção dele foi espontânea e sem nada dizer fizemo-lo cada vez mais apressadamente até que nos viemos.
Luís arfava ao mesmo tempo que me abraçava comentando ao meu ouvido:

- E agora? O Carlos está lá fora…
- E que tem isso?
- Epá… ele não vai dar com a língua nos dentes?
- Achas? Ele está deserto de vir aqui para o meio.
- Quer dizer que o gajo também se entende contigo?
- Pelo menos há um ano. Não viste o à-vontade com que se movimentou aqui em casa logo que chegamos?
- De facto notei. Até parecia que estava em casa dele. Nunca pensei. Já nos temos encontrado em bares e na praia e nunca notei que ele alinhasse nestas coisas.
- E achas que por alinharmos nestas coisas como tu dizes que temos de ter algo na testa diferente dos outros?
- Já tenho visto tipos que de movimentam amaricadamente e dão logo nas vistas aquilo que são.
- Pois… Isso são mesmo os maricas que só gostam de homens, Nós, somos diferentes, gostamos de umas brincadeiras mas não temos necessidade de andar a dizer ao mundo que somos gays ou bissexuais. Também gostamos de mulheres.
- Nunca pensei que um dia viria a bater uma punheta a um gajo.
- E gosta-te ou não? Não tiveste prazer quando te vieste ao mesmo tempo que eu?
- Porra!.. Foi demais. Parecia-mos umas vacas a deitar leite.

Não acabamos aquele diálogo pois a porta abriu-se e entrava o Carlos e da entrada até à cama foi deixando cair o robe que ficou a meio do caminho, e veio-se deitar entre nós comentando:

- Já posso entrar? Ou é só para vocês dois?
- Não deves ter muita sorte, pois já nos viemos!... – respondi.
- E eras logo tu que não te vinhas duas vezes. Que tal é aqui o Luís?
- Mas só batemos uma punheta. Respondeu o Luís meio envergonhado.
- E bateram um ao outro. Claro!...
- Que queria mais? -Ainda mais envergonhado respondeu o Luís.
- O Nelson não te tirou os três?.
- Epá.. Tem maneiras… - Insurgi

Com isto tudo já o Carlos no meio dos dois tinha-se colocado de costas para o Luís e agarrando-lhe no instrumento começou a aponta-lo ao seu ânus ao mesmo tempo que me beijava e pedia:

- Vá.. Fode-me, vais ver que gostas. O meu cuzinho é melhor e mais apertadinho que uma rata das galinhas com quem andas. Ou não és capas de te vir novamente. Pergunta aqui ao Nelson se não é bom.
 O Luís que já estava novamente com aquele caralho hirto, agarrou-o pelos ombros e sem qualquer ajuda apontou-o e começou a penetra-lo primeiro lentamente e depois com mais força. Carlos ganiu ou pouco pois aquele instrumento era efectivamente grande. Então para lhe aliviar a dor coloquei-me na posição de sessenta e nove e foi a vez, dos nossos caralhos meterem-se das bocas de nós ambos.
Como já era normal entre nós sorvemos primeiro as gotas de sémen que iam sindo de nossas cabecitas loucas. De repente o Carlos começou a movimentar-se mais rapidamente e chupando mais vorazmente o meu pénis. Luís tinha acabado de enterrar todo o seu pau no seu cuzinho. Luís ganiu um pouco deu mais umas bombadas, até que se veio. Carlos ao sentir dentro de si toda aquela porra tentou que o meu trabalhador entrasse mais até às glândulas e foi a vez de ambos nos virmos. Dentro de nossas bocas.   
Havia esporra por todos os lados Por fora de nossas bocas e por fora do rabo do Carlos tal foi a profusão de todo aquele leite.
Extenuados e exaustos, acabamos por cair cada um para o seu lado e adormecer.

No dia seguinte.

O sol já entrava janela dentro como a avisar-nos que já era manhã.
Durante o resto daquela noite mesmo a dormir, já tínhamos dado todas as voltas.
Quem estava à minha frente e de costas para mim era o Luís e muito agarradinho de conchinha a mim estava o Carlos. Nem sabia como mas eu já estava no meio.

Fui o primeiro a acordar. Olhei para as horas e o relógio marcava as nove horas. Lembrando-me que o Carlos tinha dito que entrava de serviço às dez, mexi-me de forma a ele acordar. Com aquele movimento também acabei por acordar o Luís que sem quaisquer palavras ajeitou-se de maneira a que o meu instrumento de trabalho ficasse apontado à sua entrada e começasse a levantar-se.
Por experiência, sabia que aquilo não iria dar nada pois a tesão da manhã ao acordar nem sempre é caso para penetrações pois normalmente é a chamada tesão de mijo. O Carlos também já tinha acordado e começava a roçar-se na minha entrada, mas não teve sorte pois sabia que não iria dar em nada. E disse-lhe:

- Tem juízo, Já viste as horas? Não entras às dez?
- Epá e agora? Como é que eu vou? Viemos no teu carro e o luís também lá deixou o seu.
- Não te preocupes. Vai tomar o duche que combino com o Luís o que vamos fazer.
- Porque não o vais levar? Não tenho nada que fazer a não ser telefonar para os meus pais a dizer que está tudo bem e vou mais tarde. – respondeu o Luís.

Porra!... Aquilo era o que mais queria ouvir e disse que sim, iria levar o Carlos e voltaria rapidamente.
Quando voltei, já o Luís tinha tomado banho e andava na cozinha – como se estivesse em casa – de boxers e a preparar o pequeno-almoço.

- Desculpa mas se o Carlos já faz da tua casa a sua, também posso fazer o mesmo. Não ficas chateado, pois não?
- Mas de forma alguma. Não sei é se fazes o mesmo que o Carlos.
- E o que é que ele faz que não possa fazer? Queres que te limpe a casa?
- Não é isso!.. Onde está o teu conceito homofóbico?
- Fazes o favor de não falar nisso?
- Quer dizer que gostas-te do que fizemos.
- Por incrível que pareça gostei bastante. O Carlos volta logo à noite?
- Queres come-lo novamente?
- Não me importava! Ficas com ciúmes?
- Eu?... Com ciúmes? Se tivesse ciúmes com todos com quem vou para a cama em vez de uma casa tinha que ter um armazém para os meter todos lá dentro.

Entretanto o pequeno-almoço já estava feito. O gajo tinha jeito para a cozinha. Comemos mesmo ali na cozinha.

- Já falei para os meus pais a dizer que certamente nem iria hoje para casa.
- E já é hábito ficares fora uns dias?
- Já!.. Eles não se importam muito com o que faço ou deixo de fazer, desde que ao fim no ano apresente boas notas e ande com raparigas, tudo bem.
- Então é por isso que andas com lésbicas?
- Elas são umas gajas porreiras e foi por andar com elas que o meu pai me ofereceu o carro.
- Para poderes curtir à vontade com elas.
- Só fui com elas para acama uma vez e foi lá em casa.
- E os teus pais souberam, claro.
- Souberam e foi por isso que me deram o varro. Mas foi a única coisa que ganhei.
- Porra!... Mas também ganhaste umas fodas valentes.
- Nem por isso. Elas fuderam mais entre elas do que comigo.
- Quer dizer que gozaste mais ontem à noite do que com elas.
- Vocês foram espectaculares. Nunca pensei ir para a cama com um gajo e muito menos com dois.
- E ficaste apaixonado pelo Carlos? É por isso que perguntaste se ele voltava logo à noite.
- Com ele foi bom, mas tu dás-me mais carinho e simpatizo bastante contigo.

Esta conversa estava a ser dada sentados no sofá da sala e cada um com a sua chávena de café na mão e perante a sua última, quase declaração de amor, coloquei a minha chávena e a dele no chão, agarrei-lhe na cabeça puxei-a para mim e ele recebeu pela primeira vez o meu beijo. Nem vacilou, segurou-me na nuca e com mais força e nossas bocas mais se juntaram até nossas línguas se misturarem com alguma saliva.
Vários minutos estivemos nos beijando até ir ver como estava o seu pau. Já estava hirto e latejante. – queria dizer que estava a gostar do nosso carinho – e a prova foi feita quando foi a vez dele vir segurar no meu começando a masturbar-me.
Despimos as t-shirts e nossos corpos juntaram-se e roçaram-se como dois amantes antigos. Estava-mos louco de excitação e deitei-o no sofá despindo-lhe os boxers assim como os meu e assim deitados voltei a beijar aqueles lábios carnudos e sedentos de amor enquanto nossos pénis se digladiavam. Abri um pouco as pernas e deixei-o meter o seu cacete entre elas, apertei novamente e ele movimentava-se como estivesse a fuder o clitóris de uma gaja. Luís já estremecia todo o corpo e a ter espasmos. Foi quando lhe mordisquei um dos lóbulos e pedi:
- Não te venhas ainda…  - ao mesmo tempo abri as minha pernas e comecei descendo pelo seu corpo beijando-o e mordiscando aqui e ali, até encontrar aquele pau com a cabeça já cheia de pequenos sulcos de sémen que sorvi loucamente antes do orgasmo final. Foi a vez de o virar ficando de costas para mim e começar a fazer-lhe um unilingue salivar tentando lubrificar aquele cuzinho virgem. Ele gemia e quando se começou a masturbar foi a vez de me deitar totalmente em seu corpo e pouco e pouco ido penetrando-o. Primeiro a cabeça o mais devagar possível mas quando senti que ele estava a ter os espasmos, todo o resto do meu pau entrou por ali dentro. Todo o corpo do Luís estremeceu e elevou o rabo ajudando-me a penetra-lo totalmente. Fui até ao seu pau e mal o comecei a punhetar, ambos nos viemos abundantemente como não o tivéssemos feito horas antes.
Nossos corpos ficaram flácidos não tirando o meu pau de dentro dele.
Estava-mos exausto e arfante e antes que ele dissesse alguma coisa, ao ouvido perguntei:

- Fiz-te doer?.. Foi bom?..  
- Ao princípio doeu um bocadinho
- Mas agora estás bem? Posso tirar?
- Uiii… Agora fez impressão.
- Isso já passa…. – e continuei deitado sobre ele ao mesmo tempo que lhe ia fazendo carinhos naquele comprido cabelo louro dourado e mordiscando-lhe a nuca.

Passado algum tempo ele virou-se e ficamos de lado beijando-nos e acariciando-nos.
Tudo o que tinha acontecido tinha sido muito bom para mim e para ele também. Aquela ideia de ser homofóbico, tinha caído por terra. Tudo tinha sido feito com mútuo consentimento. A sala estava a começar a estar fria e os nossos corpos desnudos começavam a ressentir-se desse frio e então alvitrei:

- Não queres ir para a cama enquanto faço qualquer coisa para comermos?
- Já me comeste! O que queres comer agora?
- Deixa-te de coisas! Estou a falar de comida propriamente dita. Vou tomar um duche e depois vou arranjar qualquer coisa. Entretanto vai também tomar um duche quente.

Já estava na cozinha a começar a preparar qualquer coisa para comer e ele já deitado entre lençóis quando tocaram a campainha da porta. Era o Carlos com um saco do supermercado.

- Hoje larguei o serviço mais sedo e trago o jantar. O luís ainda cá está? O carro dele ainda está no mesmo sítio.
- Sim!.. Ainda cá está. Está deitado.
- Não me digas que passaram o dia todo na cama. Comeste o gajo? Ele gostou? Tá visto que me puseste os cornos.
- E tu!.. Não mo puseste ontem à noite com ele?
- Porra!... Foi demais, tu é que foste o culpado, andamos há um ano e não deixas comer-te e o gajo tem um caralho maior que o teu.
- Já estiveste a falar melhor. Sabes? Ele já perguntou se tu não vinhas e quanto ao dele ser maior que o meu não quer dizer nada pois o meu é muito trabalhador.
- Também é verdade. Posso ir ter com ele? Quero pô-lo a trabalhar.
- Não assuste mais o rapaz. O melhor é ir contigo.

Nunca tinha visto o Carlos tão radiante e com uns modos amaneirados.

- Olha quem trouxe o petisco. – disse eu ao entrar no quarto
- Não me digas que é esse o petisco que foste preparar.
- O Carlos troce o jantar, mas parece que é para mais logo.
- Sim… Pode ficar para mais logo. Estou cheio de frio e quero enroscar-me com vocês. Ou já se vieram e não têm forças para mais?

Enquanto o Luís ficava perplexo com aqueles bitaste, Carlos Cada vez mais apaneleirado como nunca o tinha visto já se tinha despido e todo nu deitado por baixo dos lençóis ficando com as costas encostadas ao Luís. Olhando para mim. Perguntou se não ia também.
Adivinhando o que iria acontecer, Acabei por despir-me e fui para o outro lado da cama, sendo a vez, do Luís ficar no meio. Mal me encostei ao seu rabo o meu trabalhador começou a levantar-se. Luís ficando como se costuma dizer “entre a espada e a parede” movimentou o rabo para cima e segurando nas ancas do Carlos começou a tentar encontrar o local próprio para satisfazer os seus desejos. Notando que ali havia uma falta de experiência com uma das mãos fui até ao seu grande instrumento e ajudei-o a penetrar o Carlos, ao mesmo tempo que com toda a minha sabedoria, lentamente, pois sabia que ainda devia estar dorido, fui-o penetrando.
Luís movimentava-se vorazmente com o seu belo caralho dentro do Carlos que gania de prazer enquanto era penetrado pelo meu trabalhador que já todo metido lá dentro bombava até os meus colhões baterem nas nuas nádega. Ele quase que fez o trabalho todo com tanta movimentação. A certa altura, parecia que todos tinham combinado e depois de muito vai e vem esporramo-nos ao mesmo tempo e quem se fudeu foram os lenções com a esporra do Carlos e do que sobrava de dentro dos maganos e da transpiração dos nossos corpos.

O Carlos ficou todo satisfeitinho da Silva porque tinha levado mais uma vez com aquele mangalho. Eu um pouco extenuado, pois em poucas horas já me tinha vindo algumas vezes mas com o meu ego no alto, pois mais uma vez tinha comido um homofóbico.
Quanto ao Luís, não deixava que os pirilaus saíssem dos seus lugares de prazer e acomodava-se o mais possível, dando e recebendo carinhos.
Completamente exaustos, acabamos por adormecer.
 
Quando acordámos, já era outro dia pois já passava da meia-noite e como nada tivesse acontecido, fomos tratar das nossas higienes e fomos para a cozinha comer o frango que o Carlos tinha trazido.
No fim, tomamos café e abri uma garrafa de champanhe e voltamos para a cama para comemorar.

Hoje!.. Bem digo o momento em que me apeteceu Naquele dia de chuva e temporal embora tanto na rádio como na televisão houvesse aviso permanente para se possível não se sair de casa derivado ao frio e temporal que tinha assolado todo o pais, deu-me na mona – normalmente não faço nada o que me aconselham – Resolvi vestir-me o mais agasalhado possível meter-me no carro e depois de ligar o aquecimento fui até às arribas cá da praia e aconteceu mais uma aventura na minha vida.

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           Nelson Camacho D’Magoito           
                “Contos ao sabor da imaginação”
                        Para maiores de 18 anos

                            © Nelson Camacho
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