I Capitulo
Naquele dia de chuva e temporal embora tanto na
rádio como na televisão houvesse aviso permanente para se possível não se sair
de casa derivado ao frio e temporal que tinha assolado todo o pais, deu-me na
mona – normalmente não faço nada o que me aconselham – Resolvi vestir-me o mais
agasalhado possível meter-me no carro e depois de ligar o aquecimento fui até
às arribas cá da praia.
Depois de lá chegar fui com o carro até ao local
mais alto para ver a ondulação que bastante perigosa e a chuva que não parava
de cair. O espectáculo era algo soberbo. Fechei todas as janelas e por ali
fiquei também ouvindo um pouco de música, Não fora o vento forte que fazia
abanar o carro, estaria por ali mais tempo mas não. Resolvi acoitar-me na
esplanada que sendo fechada e com aquecimento central sempre estaria melhor.
Assim que cheguei fui cumprimentado por todos os
empregados e principalmente pelo meu amigo “intimo“
Carlos. Como já tenho contado por aqui, o Carlos, para além de ser empregado
daquele espaço e porque um dia aconteceu criarmos uma amizade mais intima,
somos mesmo amigos, não damos nas vistas do nosso afér e muitas vezes faz da
minha a sua casa. Não temos nenhum contracto de fidelidade e somos felizes
assim. Cada um dá a si sexualmente o que quer ou o que pode.
- És mesmo maluco, com este temporal saíste de casa
– comentou o Carlos -.
- Tinha saudades tuas e vim ver se estavas de
serviço. - menti…
- Infelizmente, tive de vir trabalhar. És um tretas do caraças. E os telemóveis
servem para quê? Se tivesses tantas saudades tinhas telefonado. Andas mas é há
procura de passarinho novo. Quem não te conheça não te leva preso. Hoje não te
safas, ficou tudo em casa. Mas perdoou-te pela mentirinha. Vou buscar-te o
café.
Depois daquele comentário, Carlos afastou-se e lá
foi buscar o café não sem antes quando se afastou com o rabo dar uma sacudidela
na cadeira onde estava sentado, e saiu a rir.
Eu estava sentado mesmo encostado aos janelões por
onde entrava alguns raios de sol e se via o ondular do mar e suas altas ondas.
Nem me apercebi que ao meu lado se tinham sentado duas raparigas e um rapaz.
Abriram o computador portátil e lá estavam entretidos com algo que os faziam
rir.
Entretanto chegou o Carlos com o café e um pastel de
nata… como era hábito e comentou baixinho:
- Com este não te safas. O gajo tem a mania que come
as miúdas todas e é um homofóbico dos caraças… até mete raiva.
- É teu amigo? Já o tentaste?
- És parvo?.. Eu só vou contigo mas conheço o gajo
de um bar em Sintra.
Com aquela dica, não só fiquei em alerta mas com
mais atenção sobre o moço.
Segundo vim a saber mais tarde o tal moço, era
estudante, tinha dezanove anos, vivia em Sintra, era filho de gente rica
preconceituosa e chamava-se Luís. A sua aparência era de facto de mais um
menino bem, de olhos azuis, cabelo alourado, bem tratado e um pouco comprido
indo o seu términos cair sobre a gola de um casacão preto. Mirei-o mais quanto
podia e notei que as calças eram de fazenda e os sapatos, contrariamente ao que
a malta usa, não eram ténis mas sim sapatos de pelica.
A certa altura continuando os três em galhofa pegada
frente ao computador e encontrando-se ele virado para mim e olhando-me nos olhos
peguei o pastel de nata e ao contrário de toda a gente, que o mastiga, meti a
língua no seu recheio fixando-o ainda mais. Ele pestanejou. Fixou-me mais
atentamente e de repente desviou o olhar como comprometido e eu continuei com a
língua dentro do pastel de nata.
Estava dado o primeiro passo para o que viria a
seguir.
Lá de longe, o Carlos ao mesmo tempo que ia servindo
os poucos clientes que havia, não tirava os olhos de mim adivinhando o que iria
acontecer e de vez em quando abanava a cabeça como quem me queria dizer que não
iria ter sorte alguma mas ele enganava-se pois eu adora um homofóbico jovem. É
que normalmente eles não o são, têm é uma situação de sexualidade mal
resolvida.
Depois do meu linguajar no pastel de nata e do
desvio apressado do olhar do Luís, fiquei mais atento à conversa que aquelas
almas iam tendo que lhes faziam tanto riso, até que constatei que eles estavam
a ver um sitio porno. É que uma delas comentava:
- Epá… Já viste que o gajo aguenta-se com duas?
- Gostava de experimentar um gajo assim com tanta
tesão… – dizia a outra…
- Olha agora chegou outro gajo para ajudar à festa.
- Epá… O gajo não veio ajudar o outro, veio chupar o
pirilau do amigo.
- Porra…. Desliguem lá essa marda. Afinal de contas
isso é um vídeo de lésbicas e paneleiros – Comentou o Luís ao mesmo tempo que
fechava o computador.
- É mesmo homofóbico! – Comentou uma delas.
- Nada disso!... Cada um leva naquilo que é seu.
Desde que não sobre para mim.
- Tu tens é inveja. Já estivemos os três na cama e
não deste conta do recado.
- Mas vocês as duas gozaram…
- Sim… Mas não tiveste tesão para as duas.
Aquela conversa que embora em tom audível me
chegasse aos ouvidos bastante fraco, não deixei de constatar que elas se tinham
governado as duas como lésbicas e o gajo como homofóbico não tinha chegado para
as duas. Levantei-me e fui à casa de banho. Já tinha feito o meu xixi da ordem
e estava a lavar as mãos quando o Luís entrou, então armei-me em descarado e
estando ele a meu lado também a lavar as mãos comentei:
- Epá!.. Estás muito bem acompanhado, mas sem querer
ouvi as vossas conversas e vi que és um sortudo dos caraças e já foste com as
duas para a cama. Elas são lésbicas?
- Parece que sim!... Uma delas não me deixou
come-la.
- Não foi isso que ouvi!... Uma delas disse que não
aguentas-te com as duas.
- Se calhar você também não se aguentada se
estivesse na cama com elas a verem um filme pornográfico entre homens.
- E qual é o mal? A predilecção das lésbicas é
foderem entre elas ao mesmo tempo que estão a ver dois homens também a
foderem-se.
- E não acha que isso é anti natura?
- Anti natura? Porquê? Não estão a gozar?
- Desculpe!.. Você é mais velho, mas não me dá
lições de mural.
- Epá desculpa… Estar a meter-me contigo. Não quero
ofender ninguém, dar lições de mural ou ter ouvido a vossa conversa, mas talvez
por ser mais velho te possa explicar melhor o que são relações sexuais entre
pares. Desculpa mais uma vez.
Luís nem respondeu, limpou as mãos a uns toalhetes e
pirou-se apressadamente.
Quando sai dos lavabos, passava o Carlos que
comentou baixinho:
- Tá visto que já engatas-te este!....
Voltei para a minha mesa e como o sol estava cada
vez mais baixo começava a incidir sobre os meus olhos de forma que deixei de
ver o triunvirato mas comecei a ouvir uma certa discussão. Não era bem uma
discussão alterada mas talvez uma troca de impressões mais assanhada até que
uma das raparigas se levantou e disse para o Luís.
- Pois se queres ficar fica que nós vamo-nos embora.
– e saíram apressadamente ficando o Luís ali especado e sozinho.
Foi a minha oportunidade de voltar a meter conversa.
- Elas iam mesmo danadas e deixaram-no apeado!...
- Não!.. Não fiquei apeado porque elas vieram num
carro e eu vim no meu.
Na altura em que estávamos naquele pequeno diálogo
chegou o Carlos e dirigindo-se-me.
- Já acabei o meu turno. Posso tomar um café com
vocês? Ao que parece já se conhecem?
- Não!... Estava simplesmente a comentar que este
amigo ficou apeado – disse eu.
- Para o Luís já é normal ficar apeado com estas
gajas. Ele em vez de arranjar umas gajas normais, anda sempre com lésbicas e
quando se zangam, piram-se.
- Quer dizer que já conheces este nosso amigo.
- Sim!... é o Luís e já no encontrámos por ai nos
karaokes. Então o melhor é apresentarem-se. Este é o Luís e este é o Nelson.
Foi assim que fiquei a saber o nome do tal tipo e
que gostava das cantorias. Aproveitei a oportunidade para meter uma conversa
mais a sério, pegando na chávena e indo-me sentar na mesa do tal Luís onde o
Carlos também se sentou.
Foi uma conversa interessante começando por lhe
perguntar se efectivamente cantava e qual o tipo de canções nunca divulgando
que também eu andava ou tinha andado nas cantigas mas quando o tipo disse que
gostava das canções do Tony de Matos, mas como era um cantor antigo só tinha um
CD dele, o Carlos atalhou logo que estava com sorte pois eu tinha todos os seus
CDs e discos de vinil.
- Quer dizer que já és um amigo antigo aqui do
Nelson – Comentou o Luís.
- Não só sou somos amigos antigos como conheço muito
bem a casa dele e sei que tem uma discoteca que mete inveja a muita gente.
- Epá… Também não é bem assim… Embora tenha entre
CDs e vinis antigos para ai um milhar.
- E porque tem tanta musica?.. –perguntou o Luís.
- Aqui o meu amigo Nelson fez rádio, teatro e é
cantor.
- Deve ter muitas histórias para contar. Sempre me
seduzi pelas vidas dos cantores e actores.
- É uma profissão muito ingrata, trabalhosa e onde
se tem muitas invejas, mas também não é bem o que se diz na comunicação social.
– atalhei eu.
- Gostava de ouvir algumas histórias.
- Mas isso é simples!.. - comentou o Carlos –
Arranjamos um petisco e vamos para casa dele… - e virando-se para mim – Até
podemos ir hoje. Só volto ao serviço amanhã às dez horas… Podemos?
Afinal de contas quem estava deserto de fazer aquele
encontro a três, era o Carlos. Afinal, já tínhamos prometido um ao outro quando
se proporcionasse fazermos um Menage-à-trois,
e talvez fosse aquela a ocasião e logo concordei com a ideia.
Como todos tínhamos carro e não valia a pena ir cada
um no seu, alvitrei irmos no meu e os outros ficariam por ali.
Pelo caminho o Luís alvitrou passarmos pela
churrascaria para comprar um frango e o Carlos compraria o vinho e assim foi.
Eu daria o café os conhaques e o resto logo se via.
II Capitulo
A primeira coisa a fazermos quando chegámos, foi o
Carlos que já estava habituado à casa, dizer que iria tomar um duche pois
estava todo suado do trabalho. O Luís foi mirando muito atentamente as minhas fotografias
expostas nas paredes das escadas e outras espalhadas pelo salão e em cima do
piano. Parou em frente a uma porta onde tem um cartaz que diz “Non trespass” e
comentou:
- Aqui há segredos?
Na mesma altura que fazia a pergunta, saiu de lá o
Carlos que tinha desaparecido entre tanto, de robe branco vestido.
Aquela não era a resposta para o Luís mas ficou com
uma cara estranha e de admiração e foi a minha vez de satisfazer o seu desejo.
- Não ligues… O Carlos é como se estivesse em sua
casa. Normalmente quando aqui vem é assim. Gosta de ir tomar uma duchada e por
traz daquela porta é a nossa sala de desenho.
- Sala de desenho?
- Sim!.. É o meu quarto.
O coitado do Luís, nem sabia o que mais lhe dava
vontade de perguntar e encaminhei-o para a cozinha onde comecei a prepara a
mesa para o nosso frango.
Naquela noite iria haver dois frangos, um
propriamente dito e o outro seria o Luís. Mas ele nem adivinhava onde se tinha
metido.
A mesa já estava posta e uns copos bebidos quando o
Carlos entrou:
- Então já temos frango?
Entretanto já eu me tinha despido e vestido uma
t-shirt de alças e uns curtos calções dizendo ao Luís que também se podia por à
vontade. É claro que a única coisa que ele fez foi tirar a t-shirt ficando com
o tronco nu. Mas que tronco, porra. Agora via-se mesmo toda a sua beleza.
Aqueles olhos azuis e brilhantes e os cabelos alourados descaídos sobre as
costas queimadas ainda pelo sol do verão passado e os bíceps bem delineados e
mamilos salientes, dava a entender ser menino de ginásio. O Carlos olhou-o bem
e comentou para mim:
- Afinal o frango está comestível.
- Cá para mim também deve saber bem. - comentei
Luís não se apercebeu do nosso diálogo entre linhas
ou estava a fazer-se de parvo.
O frango propriamente dito ainda estava quente, as
batatas pala-pala não estavam muito salgadas e o vinho estava fresquinho. Duas
garrafas foram bebidas rapidamente. A conversa como seria normal numa ocasião
destas foi o mais normal possível. Luís não deixava de querer saber como era a
vida artística, inclusive, chegou a querer saber se entre alguns pares, para
conseguirem determinados favores não havia homossexualidade. É óbvio que tentei
não me debruçar sobre o assunto comentando somente que esse facto não existia
somente nessa profissão. Existem gays em todas as profissões tal como existem
lésbicas e não deixam de erem homens ou mulheres pelo facto de se entenderem
sexualmente uns com os outros.
Estava eu nessas explicações quando o Carlos
perguntou-lhe:
- Mas qual é o teu problema? Tens alguma coisa
contra a homossexualidade?
- Não é que seja contra, mas não entendo.
- Mas ao que sei, vais para a cama com lésbicas.
- O que elas fazem entre elas é com elas mas sempre
são mulheres.
- Epá… retorqui eu – quer dizer que sexo entre
mulheres é uma coisa, mas entre homens já é outra?
- Desculpa lá mas os homens fizeram-se para
procriar.
- E quem te disse que os gays também não procriam?
Sabes que há homens que se movimentam sexualmente entre os dois géneros?
- Podes ter razão mas não entendo
- Isso não será um pouco de homofobia?
Carlos que já há muito se entendia sexualmente
comigo, saltou-lhe a tampa:
- Luís… Houve lá uma coisa!... Tu gostas de chuchu?
- Dizem que é um fruto que substitui as batatas mas
nunca provei. Creio que não gosto, batatas são batata.
- Se nunca provaste como é que dizes não gostar?
Carlos mais
descarado que eu, enquanto fazia a pergunta e porque estava a seu lado colocou
uma das mãos na sua perna e aguardou o resultado ao mesmo tempo que me piscava
os olhos.
Luís não teve qualquer reacção e como tal, foi a vez
de me meter na conversa e alvitrar irmos tomar café. Levantámo-nos depois da
concordância e fomos até ao salão pedindo ao Carlos que tirasse os cafés
enquanto eu me dirigi ao piano começando a tocar “De homem para Homem” um fado
de Tony de Matos, alterando um pouco a letra.
Luís depois de receber um copo com um conhaque
servido pelo Carlos veio até mim e debruçando-se sobre o piano ficou olhando-me
Carlos também de copo na mão foi direito a mim
ficando por traz, beijou-me na nuca e deu-me a beber um sorvo do conhaque que
tinha na mão.
Luís olhou-nos fixamente com ar de admiração mês nem
tugi-o nem mugi-o e Carlos atalhou:
- Este é um fado de dor de corno entre dois homens
por causa de uma mulher, mas também podia ser entre dois homens por causa de
outro homem. Vez a diferença?
Aquela cena, se não fosse real, podia ter sido de
uma de qualquer telenovela.
Pelos meus dedos, pressionando algumas teclas, umas
brancas, outras pretas, os martelos foram batendo nas cordas do piano de cauda
de onde iam saindo melodias que o Tony de Matos tão bem interpretava, fazendo
assim o gosto ao Luís que talvez sonhasse ser aquele cantor que tanto admirava.
O Carlos não deixava de me abraçar mordiscando os
meus lóbulos enquanto o Luís com aquele ar de menino confuso e já com uns copos
bem bebidos a certa altura pediu:
- Parece que já estou com os copos, Vou encostar-me
no sofá. Posso?
Carlos atento… respondeu:
- Porque não te vais deitar um pouco ali dentro? –
Apontando para a porta onde dizia “Non trespass”. – ao mesmo tempo que me
apertava mais os ombros e me segredava – è a tua vez. Eu vou para o sofá e já
lá vou ter.
Luís pela
primeira vez sentiu-se mais à vontade e trespassou a tal porta. De imediato
porque assim é sempre, começou a tocar uma melodia em piano “Elvira Madigan” de
Mozart ao mesmo tempo que alguns projectores de luz fraca se acenderam
dirigidos à cama. Foi quando ele viu que afinal a “sala de desenho” nada mais
era que um quarto de paredes negras e no tecto sobre a cama, em vez de
candeeiro ou projectores havia um espelho. Tal como estava, deitou-se, curtindo
a pequena bebedeira e o seu corpo reflectido no tal espelho. Aquele ambiente e
de novidade para o primeiro a entrar ali, fê-lo sonhar não se sabe o quê.
Quando a porta se fechou perguntei ao Carlos porque
não tinha ido com ele.
- Epá… O tipo tem demostrado não saber o que quer e
tu é que és o exespert para estas coisas, ou já te esqueceste como me
convenceste da primeira vez?
- Não tens gostado?
- Prometeste um dia que havíamos de ir para a cama a
três. Hoje vais pagar a promessa.
- Vamos ver o que consigo fazer.
- Cá para mim não vai ter grandes dificuldades, o
gajo é giro e tu sabes a toda e também estás deserto de comer o puto. Eu fico
por aqui mais um tempo.
- Sim… Mas não te enfrasques.
- Não… Vou ligar o vídeo e ver um filme porno.
- Podes ver o filme mas não te masturbes. Depois de
entrar dá-me pelo menos meia hora.
Entretanto fui arrumar a loiça, beber mais um copo
para fazer tempo.
Despi a t-shirt, mudei de calções para umas boxers e
entrei no quarto uma hora depois.
Quando entrei no quarto Luís já estava acordado e
lendo um revista das que normalmente existem na mesa-de-cabeceira. Fiquei
descansado, seria difícil entrar a matar pois podia ser mal recebido e entrei
da forma mais simples. Ele como estava em tronco nu mas ainda de calças
vestidas fiz-me parvo e comentei:
- Sabes que faz mal-estar-se vestido em cima da
cama?
- Ainda não tinha dado por isso. Desculpa…
Então enquanto me metia entre os lençóis tapando-o
também a ele perguntei:
- Estás a curtir essas revistas?
- Tem umas gajas boas.
- E os gajos não são musculados como tu?
- Sim, são musculados como eu, se calhar também
fazem ginásio, mas eu não faço o que eles fazem.
- E o que é que eles fazem que tu não fazes?
- Epá… Além de fuderem as gajas também se beijam.
- E tu não eras capaz de beijar um gajo?
- Mas eu não sou maricas.
- E estas fotos não te fazem tesão? Deixa lá ver
como está isso.
Adivinhando que ele estava já cheio de rebarba, fui
apalpar-lhe o pirilau, mesmo por cimas das calças, mas porra!.. Não era um
pirilau qualquer. Era um caralhão digno de nota. Então para sentir melhor
aquela coisa, meti a mão dentro das calças. Não era bem um caralho de preto mas era comprido de tal forma que encheu logo a
minha mão ficando a cabeça de fora.
Luís estava tão entusiasmado com a leitura que nem
Túcio nem mugiu, e continuei masturbando-o primeiro devagar, e como não obtive
resposta de contrafeito, continuei com mais força e quando senti que ele se
movimentava lentamente como a gozar, tirei-lhe as calças e os meu boxers e
nossos corpos foram-se juntando. Continuando a masturba-lo e segurando numa das
suas mãos levei-a a masturbar-me também.
A reacção dele foi espontânea e sem nada dizer fizemo-lo
cada vez mais apressadamente até que nos viemos.
Luís arfava ao mesmo tempo que me abraçava
comentando ao meu ouvido:
- E agora? O Carlos está lá fora…
- E que tem isso?
- Epá… ele não vai dar com a língua nos dentes?
- Achas? Ele está deserto de vir aqui para o meio.
- Quer dizer que o gajo também se entende contigo?
- Pelo menos há um ano. Não viste o à-vontade com
que se movimentou aqui em casa logo que chegamos?
- De facto notei. Até parecia que estava em casa
dele. Nunca pensei. Já nos temos encontrado em bares e na praia e nunca notei
que ele alinhasse nestas coisas.
- E achas que por alinharmos nestas coisas como tu
dizes que temos de ter algo na testa diferente dos outros?
- Já tenho visto tipos que de movimentam
amaricadamente e dão logo nas vistas aquilo que são.
- Pois… Isso são mesmo os maricas que só gostam de
homens, Nós, somos diferentes, gostamos de umas brincadeiras mas não temos
necessidade de andar a dizer ao mundo que somos gays ou bissexuais. Também
gostamos de mulheres.
- Nunca pensei que um dia viria a bater uma punheta
a um gajo.
- E gosta-te ou não? Não tiveste prazer quando te
vieste ao mesmo tempo que eu?
- Porra!.. Foi demais. Parecia-mos umas vacas a
deitar leite.
Não acabamos aquele diálogo pois a porta abriu-se e
entrava o Carlos e da entrada até à cama foi deixando cair o robe que ficou a
meio do caminho, e veio-se deitar entre nós comentando:
- Já posso entrar? Ou é só para vocês dois?
- Não deves ter muita sorte, pois já nos viemos!...
– respondi.
- E eras logo tu que não te vinhas duas vezes. Que
tal é aqui o Luís?
- Mas só batemos uma punheta. Respondeu o Luís meio
envergonhado.
- E bateram um ao outro. Claro!...
- Que queria mais? -Ainda mais envergonhado
respondeu o Luís.
- O Nelson não te tirou os três?.
- Epá.. Tem maneiras… - Insurgi
Com isto tudo já o Carlos no meio dos dois tinha-se
colocado de costas para o Luís e agarrando-lhe no instrumento começou a
aponta-lo ao seu ânus ao mesmo tempo que me beijava e pedia:
- Vá.. Fode-me, vais ver que gostas. O meu cuzinho é
melhor e mais apertadinho que uma rata das galinhas com quem andas. Ou não és
capas de te vir novamente. Pergunta aqui ao Nelson se não é bom.
O Luís que já
estava novamente com aquele caralho hirto, agarrou-o pelos ombros e sem
qualquer ajuda apontou-o e começou a penetra-lo primeiro lentamente e depois
com mais força. Carlos ganiu ou pouco pois aquele instrumento era efectivamente
grande. Então para lhe aliviar a dor coloquei-me na posição de sessenta e nove
e foi a vez, dos nossos caralhos meterem-se das bocas de nós ambos.
Como já era normal entre nós sorvemos primeiro as
gotas de sémen que iam sindo de nossas cabecitas loucas. De repente o Carlos
começou a movimentar-se mais rapidamente e chupando mais vorazmente o meu
pénis. Luís tinha acabado de enterrar todo o seu pau no seu cuzinho. Luís ganiu
um pouco deu mais umas bombadas, até que se veio. Carlos ao sentir dentro de si
toda aquela porra tentou que o meu trabalhador entrasse mais até às glândulas e
foi a vez de ambos nos virmos. Dentro de nossas bocas.
Havia esporra por todos os lados Por fora de nossas
bocas e por fora do rabo do Carlos tal foi a profusão de todo aquele leite.
Extenuados e exaustos, acabamos por cair cada um
para o seu lado e adormecer.
No dia seguinte.
O sol já entrava janela dentro como a avisar-nos que
já era manhã.
Durante o resto daquela noite mesmo a dormir, já
tínhamos dado todas as voltas.
Quem estava à minha frente e de costas para mim era
o Luís e muito agarradinho de conchinha a mim estava o Carlos. Nem sabia como
mas eu já estava no meio.
Fui o primeiro a acordar. Olhei para as horas e o
relógio marcava as nove horas. Lembrando-me que o Carlos tinha dito que entrava
de serviço às dez, mexi-me de forma a ele acordar. Com aquele movimento também
acabei por acordar o Luís que sem quaisquer palavras ajeitou-se de maneira a
que o meu instrumento de trabalho ficasse apontado à sua entrada e começasse a
levantar-se.
Por experiência, sabia que aquilo não iria dar nada
pois a tesão da manhã ao acordar nem sempre é caso para penetrações pois
normalmente é a chamada tesão de mijo. O Carlos também já tinha acordado e
começava a roçar-se na minha entrada, mas não teve sorte pois sabia que não
iria dar em nada. E disse-lhe:
- Tem juízo, Já viste as horas? Não entras às dez?
- Epá e agora? Como é que eu vou? Viemos no teu
carro e o luís também lá deixou o seu.
- Não te preocupes. Vai tomar o duche que combino
com o Luís o que vamos fazer.
- Porque não o vais levar? Não tenho nada que fazer
a não ser telefonar para os meus pais a dizer que está tudo bem e vou mais
tarde. – respondeu o Luís.
Porra!... Aquilo era o que mais queria ouvir e disse
que sim, iria levar o Carlos e voltaria rapidamente.
Quando voltei, já o Luís tinha tomado banho e andava
na cozinha – como se estivesse em casa – de boxers e a preparar o
pequeno-almoço.
- Desculpa mas se o Carlos já faz da tua casa a sua,
também posso fazer o mesmo. Não ficas chateado, pois não?
- Mas de forma alguma. Não sei é se fazes o mesmo
que o Carlos.
- E o que é que ele faz que não possa fazer? Queres
que te limpe a casa?
- Não é isso!.. Onde está o teu conceito homofóbico?
- Fazes o favor de não falar nisso?
- Quer dizer que gostas-te do que fizemos.
- Por incrível que pareça gostei bastante. O Carlos
volta logo à noite?
- Queres come-lo novamente?
- Não me importava! Ficas com ciúmes?
- Eu?... Com ciúmes? Se tivesse ciúmes com todos com
quem vou para a cama em vez de uma casa tinha que ter um armazém para os meter
todos lá dentro.
Entretanto o pequeno-almoço já estava feito. O gajo
tinha jeito para a cozinha. Comemos mesmo ali na cozinha.
- Já falei para os meus pais a dizer que certamente
nem iria hoje para casa.
- E já é hábito ficares fora uns dias?
- Já!.. Eles não se importam muito com o que faço ou
deixo de fazer, desde que ao fim no ano apresente boas notas e ande com
raparigas, tudo bem.
- Então é por isso que andas com lésbicas?
- Elas são umas gajas porreiras e foi por andar com
elas que o meu pai me ofereceu o carro.
- Para poderes curtir à vontade com elas.
- Só fui com elas para acama uma vez e foi lá em
casa.
- E os teus pais souberam, claro.
- Souberam e foi por isso que me deram o varro. Mas
foi a única coisa que ganhei.
- Porra!... Mas também ganhaste umas fodas valentes.
- Nem por isso. Elas fuderam mais entre elas do que
comigo.
- Quer dizer que gozaste mais ontem à noite do que
com elas.
- Vocês foram espectaculares. Nunca pensei ir para a
cama com um gajo e muito menos com dois.
- E ficaste apaixonado pelo Carlos? É por isso que
perguntaste se ele voltava logo à noite.
- Com ele foi bom, mas tu dás-me mais carinho e
simpatizo bastante contigo.
Esta conversa estava a ser dada sentados no sofá da
sala e cada um com a sua chávena de café na mão e perante a sua última, quase
declaração de amor, coloquei a minha chávena e a dele no chão, agarrei-lhe na
cabeça puxei-a para mim e ele recebeu pela primeira vez o meu beijo. Nem
vacilou, segurou-me na nuca e com mais força e nossas bocas mais se juntaram
até nossas línguas se misturarem com alguma saliva.
Vários minutos estivemos nos beijando até ir ver
como estava o seu pau. Já estava hirto e latejante. – queria dizer que estava a
gostar do nosso carinho – e a prova foi feita quando foi a vez dele vir segurar
no meu começando a masturbar-me.
Despimos as t-shirts e nossos corpos juntaram-se e
roçaram-se como dois amantes antigos. Estava-mos louco de excitação e deitei-o
no sofá despindo-lhe os boxers assim como os meu e assim deitados voltei a
beijar aqueles lábios carnudos e sedentos de amor enquanto nossos pénis se
digladiavam. Abri um pouco as pernas e deixei-o meter o seu cacete entre elas,
apertei novamente e ele movimentava-se como estivesse a fuder o clitóris de uma
gaja. Luís já estremecia todo o corpo e a ter espasmos. Foi quando lhe
mordisquei um dos lóbulos e pedi:
- Não te venhas ainda… - ao mesmo tempo abri as minha pernas e
comecei descendo pelo seu corpo beijando-o e mordiscando aqui e ali, até
encontrar aquele pau com a cabeça já cheia de pequenos sulcos de sémen que
sorvi loucamente antes do orgasmo final. Foi a vez de o virar ficando de costas
para mim e começar a fazer-lhe um unilingue salivar tentando lubrificar aquele
cuzinho virgem. Ele gemia e quando se começou a masturbar foi a vez de me
deitar totalmente em seu corpo e pouco e pouco ido penetrando-o. Primeiro a
cabeça o mais devagar possível mas quando senti que ele estava a ter os
espasmos, todo o resto do meu pau entrou por ali dentro. Todo o corpo do Luís
estremeceu e elevou o rabo ajudando-me a penetra-lo totalmente. Fui até ao seu
pau e mal o comecei a punhetar, ambos nos viemos abundantemente como não o
tivéssemos feito horas antes.
Nossos corpos ficaram flácidos não tirando o meu pau
de dentro dele.
Estava-mos exausto e arfante e antes que ele dissesse
alguma coisa, ao ouvido perguntei:
- Fiz-te doer?.. Foi bom?..
- Ao princípio doeu um bocadinho
- Mas agora estás bem? Posso tirar?
- Uiii… Agora fez impressão.
- Isso já passa…. – e continuei deitado sobre ele ao
mesmo tempo que lhe ia fazendo carinhos naquele comprido cabelo louro dourado e
mordiscando-lhe a nuca.
Passado algum tempo ele virou-se e ficamos de lado
beijando-nos e acariciando-nos.
Tudo o que tinha acontecido tinha sido muito bom
para mim e para ele também. Aquela ideia de ser homofóbico, tinha caído por
terra. Tudo tinha sido feito com mútuo consentimento. A sala estava a começar a
estar fria e os nossos corpos desnudos começavam a ressentir-se desse frio e
então alvitrei:
- Não queres ir para a cama enquanto faço qualquer
coisa para comermos?
- Já me comeste! O que queres comer agora?
- Deixa-te de coisas! Estou a falar de comida
propriamente dita. Vou tomar um duche e depois vou arranjar qualquer coisa.
Entretanto vai também tomar um duche quente.
Já estava na cozinha a começar a preparar qualquer
coisa para comer e ele já deitado entre lençóis quando tocaram a campainha da
porta. Era o Carlos com um saco do supermercado.
- Hoje larguei o serviço mais sedo e trago o jantar.
O luís ainda cá está? O carro dele ainda está no mesmo sítio.
- Sim!.. Ainda cá está. Está deitado.
- Não me digas que passaram o dia todo na cama.
Comeste o gajo? Ele gostou? Tá visto que me puseste os cornos.
- E tu!.. Não mo puseste ontem à noite com ele?
- Porra!... Foi demais, tu é que foste o culpado,
andamos há um ano e não deixas comer-te e o gajo tem um caralho maior que o
teu.
- Já estiveste a falar melhor. Sabes? Ele já
perguntou se tu não vinhas e quanto ao dele ser maior que o meu não quer dizer
nada pois o meu é muito trabalhador.
- Também é verdade. Posso ir ter com ele? Quero
pô-lo a trabalhar.
- Não assuste mais o rapaz. O melhor é ir contigo.
Nunca tinha visto o Carlos tão radiante e com uns
modos amaneirados.
- Olha quem trouxe o petisco. – disse eu ao entrar
no quarto
- Não me digas que é esse o petisco que foste
preparar.
- O Carlos troce o jantar, mas parece que é para
mais logo.
- Sim… Pode ficar para mais logo. Estou cheio de
frio e quero enroscar-me com vocês. Ou já se vieram e não têm forças para mais?
Enquanto o Luís ficava perplexo com aqueles bitaste,
Carlos Cada vez mais apaneleirado
como nunca o tinha visto já se tinha despido e todo nu deitado por baixo dos
lençóis ficando com as costas encostadas ao Luís. Olhando para mim. Perguntou
se não ia também.
Adivinhando o que iria acontecer, Acabei por
despir-me e fui para o outro lado da cama, sendo a vez, do Luís ficar no meio.
Mal me encostei ao seu rabo o meu trabalhador começou a levantar-se. Luís ficando
como se costuma dizer “entre a espada e a parede” movimentou o rabo para cima e
segurando nas ancas do Carlos começou a tentar encontrar o local próprio para
satisfazer os seus desejos. Notando que ali havia uma falta de experiência com
uma das mãos fui até ao seu grande instrumento e ajudei-o a penetrar o Carlos,
ao mesmo tempo que com toda a minha sabedoria, lentamente, pois sabia que ainda
devia estar dorido, fui-o penetrando.
Luís movimentava-se vorazmente com o seu belo
caralho dentro do Carlos que gania de prazer enquanto era penetrado pelo meu
trabalhador que já todo metido lá dentro bombava até os meus colhões baterem
nas nuas nádega. Ele quase que fez o trabalho todo com tanta movimentação. A
certa altura, parecia que todos tinham combinado e depois de muito vai e vem
esporramo-nos ao mesmo tempo e quem se fudeu foram os lenções com a esporra do
Carlos e do que sobrava de dentro dos maganos e da transpiração dos nossos
corpos.
O Carlos ficou todo satisfeitinho da Silva porque
tinha levado mais uma vez com aquele mangalho. Eu um pouco extenuado, pois em
poucas horas já me tinha vindo algumas vezes mas com o meu ego no alto, pois
mais uma vez tinha comido um homofóbico.
Quanto ao Luís, não deixava que os pirilaus saíssem
dos seus lugares de prazer e acomodava-se o mais possível, dando e recebendo
carinhos.
Completamente exaustos, acabamos por adormecer.
Quando acordámos, já era outro dia pois já passava
da meia-noite e como nada tivesse acontecido, fomos tratar das nossas higienes
e fomos para a cozinha comer o frango que o Carlos tinha trazido.
No fim, tomamos café e abri uma garrafa de champanhe
e voltamos para a cama para comemorar.
Hoje!.. Bem digo o momento em que me apeteceu
Naquele dia de chuva e temporal embora tanto na rádio como na televisão
houvesse aviso permanente para se possível não se sair de casa derivado ao frio
e temporal que tinha assolado todo o pais, deu-me na mona – normalmente não
faço nada o que me aconselham – Resolvi vestir-me o mais agasalhado possível
meter-me no carro e depois de ligar o aquecimento fui até às arribas cá da
praia e aconteceu mais uma aventura na minha vida.
-------------------------------------FIM --------------------------------
Nelson
Camacho D’Magoito
“Contos ao sabor da imaginação”
Para maiores de 18 anos
© Nelson
Camacho
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)
2015 (ao abrigo do código do direito de autor)
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